Dois vereadores são contrários ao empréstimo de R$ 10 milhões; um diz que errou no IPTU e não quer errar de novo

Após muita espera, especulação e até mesmo pressão popular, enfim o projeto que pede autorização do Legislativo para que a Prefeitura de Pará de Minas contraia um empréstimo de até R$ 10 milhões chegou à Câmara Municipal.

Ele foi entregue nas mãos do presidente Dilhermando Rodrigues Filho (PSDB) pelo prefeito Elias Diniz (PSD) na noite de segunda-feira, 10 de junho. No dia seguinte foi protocolado e os vereadores já podem apreciá-lo.

Nele consta a solicitação para contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal. O empréstimo será por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA) para obras e melhoramentos em Pará de Minas na pavimentação, drenagem pluvial e recuperação de vias urbanas.

Além disso o prefeito pediu a votação em caráter de urgência.

No projeto constam também as condições para financiamento, como prazo máximo de 120 meses, incluído os 24 meses de carência; prazo de amortização de 96 meses; taxa de customização de 2% e taxa de operação que inclui o CDI mais 4,5% ao ano. Este Certificado de Depósito Bancário (CDI) são títulos emitidos por instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre instituições que tem reserva e aquelas que necessitam de capital para repor o caixa.

Não consta no projeto explicitamente o que será feito nem quais ruas receberão pavimentação, o que deixou preocupado o vereador Marcus Vinícius Rios Faria (MDB):


Marcus Vinícius Rios Faria
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Ele afirma ainda que os vereadores vão votar o projeto após muita análise e questionamentos junto a prefeitura sobre como o valor será gasto. Ele adianta que votará contra a este empréstimo:

Marcus Vinícius Rios Faria
marcusviniciusprojeto10b

Rodrigo Varela Franco inicialmente é contrário ao projeto. E conversando com paraminenses a maioria está a favor desta decisão de não aprovar o financiamento.

Ele teme a forma como o empréstimo começara a ser pago somente daqui a dois anos e pode ser que a prefeitura não tenha dinheiro para arcar com a dívida milionária:


Rodrigo Varela Franco
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O vereador foi favorável ao aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e se diz arrependido da decisão. Ele ainda fez um pedido aos candidatos ao governo municipal:

Rodrigo Varela Franco
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O projeto será apreciado pela Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal e em seguida pelas comissões. Após esses trâmites é que os vereadores levam a discussão para o plenário.

Porém em julho os vereadores entram em recesso parlamentar. O projeto pode ser votado em uma reunião extraordinária, caso haja necessidade.

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