Pix movimentou mais de R$ 17 trilhões em 2023

Os brasileiros movimentaram via Pix R$ 17,18 trilhões (em 2023, um aumento de 57,8% comparado a 2022, quando as movimentações totalizaram R$ 10,89 trilhões, segundo dados do Banco Central. Se comparar a 2021, quando foram R$ 5,21 trilhões, o número triplica.

O crescimento é ainda maior quando destaca o número de transações. Em 2023, foram 41,87 bilhões, 74% maior que em 2022, quando foram registrados 24,04 bilhões. Em 2021, os brasileiros realizaram 9,43 bilhões de operações, número quase 4,5 vezes menor que o total do ano passado.

Considerado a principal forma de pagamento do Brasil desde 2022, o Pix também cooperou para queda da circulação de dinheiro em espécie no país. A quantidade de cédula e moedas que circulou em 2023 foi de R$ 341 bilhões, R$ 1 bilhão a menos do que o registrado em 2022 (R$ 342 bilhões).

Outro número em queda é o uso do cheque. Aliado à maior digitalização com o uso do mobile banking e a internet, o Pix fez com que que o número de cheques compensados caísse 95%, comparando o ano de 2023 (168,7 milhões) ao de 1995 (3,3 bilhões), segundo dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe), divulgados pela Febraban. Em comparação a 2022, a queda é de 17% (202,8 milhões).

Já o DOC, criado em 1985, deixou de ser oferecido pelas instituições bancárias associadas à Febraban aos seus clientes. No primeiro semestre de 2023, em levantamento da Febraban, o DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e do PIX, a escolha preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões.

“A pandemia estimulou o uso dos canais digitais dos bancos e, hoje, quase 8 em cada 10 transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). Soma-se a isso a preferência dos brasileiros pelo Pix, que vem se consolidando como o principal meio de pagamento utilizado no país”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban. “Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, completou.

O que vem:
Uma das novidades para 2024 é o Pix Automático, que deve começar a operar em 28 de outubro. O objetivo desta modalidade é que o cliente agende previamente os pagamentos que ele sabe que precisará fazer à Pessoa Jurídica.

Esse tipo de pagamento é similar ao débito automático, mas deve alcançar mais pessoas no entendimento do Banco Central. No débito automático, as empresas fecham acordos com alguns bancos, e clientes de outras instituições financeiras ficam sem esta opção de operação.

Com o Pix Automático, a empresa pode fazer apenas acordo com um banco e oferecer a comodidade a todos os clientes que usam Pix, independentemente da instituição que tem conta.

Outra novidade que o BC anunciou é o Pix Agendado Recorrente. A partir também de outubro, todas as instituições financeiras serão obrigadas a oferecer este produto – atualmente, alguns bancos já oferecem. Essa operação também pode ser realizada entre pessoas físicas – como doação, aluguel e prestação de serviços -, diferente do Pix Automático, que somente empresas podem receber o valor da transferência.

Outra diferença é que, no Pix Agendado recorrente, as instruções de pagamento são sempre fornecidas pelo próprio usuário pagador, enquanto no Pix Automático as instruções de pagamento são sempre fornecidas pelo usuário recebedor, neste caso, a Pessoa Jurídica. Com informações da Assessoria de Comunicação da Federação Brasileira de Bancos.

PUBLICIDADE
[wp_bannerize_pro id="valenoticias"]
Don`t copy text!