Mais de 30 milhões de brasileiros estão superendividados e lei federal quer mudar este cenário
Os Programas Estaduais de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Brasil inteiro participam de um movimento para aprovação do projeto de lei federal 3.515/2015. O objetivo da lei é prevenir o superendividamento.
Dados da Serasa Experian mostram que no final do ano passado, 61,4 milhões de brasileiros estavam com contas em atraso, e aproximadamente 30 milhões se encontravam superendividados. O número preocupa já que estas pessoas estão em uma bola de neve financeira difícil de sair.
O consumidor contrata dívidas que supera a renda e o patrimônio, e isso impede que eles saiam da situação. A maioria gastou muito no cartão de crédito, em financiamentos e empréstimos e no temido cheque especial, por isso se envolveram neste problema.
Com a lei, a expectativa é que haja mais publicidade e transparência na oferta de crédito principalmente a idosos, analfabetos, doentes ou quem esteja em vulnerabilidade.
O coordenador do Procon de Pará de Minas Bruno Soares de Souza destaca a importância desta lei federal que melhora a transparência da oferta de crédito ao consumidor:
Bruno Soares de Souza
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Bruno Souza diz que os Procons ajudarão a pressionar o governo para aprovação da lei. A expectativa é que as ofertas de crédito estejam claras para o consumidor que terá todas as especificações do contrato que fizer:
Bruno Soares de Souza
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O que muita gente reclama ultimamente é em relação à quantidade de ligações recebidas. Bancos e cooperativas de créditos ligam insistentemente para o consumidor ofertando empréstimos e financiamentos. E há formas de evitar estas chamadas indesejadas:
Bruno Soares de Souza
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Ainda segundo a Serasa, os 61,4 milhões de brasileiros negativados devem R$ 268 bilhões. Mas não se desespere! Segundo especialistas é possível sair dessa crise financeira.
A primeira dica é cortar gastos e evitar completamente o desperdício. Outra sugestão é aproveitar o 13º salário ou um dinheiro extra para quitar dívidas. Um passo importante é assumir que uma conta maior que a renda disponível e que precisa sair dessa. Fazer um diagnóstico, sentar com a família e explicar a situação e deixar claro que todos precisam ajudar.
Depois é hora de organizar as dívidas por taxa de juros e por tipo de garantia. Se não conseguir, o jeito é procurar o Procon ou as defensorias públicas que podem ajudar na renegociação de dívidas. Mas o mais importante é mudar de comportamento e ter disciplina.
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