Sindicato negocia com a Turi e espera reajustar salário, vale alimentação e plano de saúde dos motoristas

O ano de 2019 foi de muitas discussões e negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pará de Minas e a Turi, concessionária que explora o serviço de transporte coletivo urbano no município. Após várias reuniões, ficou acertado o reajuste salarial referente ao ano passado de 3,9304%.

Os motoristas passaram então a receber R$ 1.567,71; os cobradores, R$ 998,00, já que recebem o salário mínimo conforme o aumento anunciado pelo governo federal; e os fiscais passaram a receber R$ 1.364,59. O ticket alimentação também foi reajustado para R$ 147,62. No ano passado eles receberam os valores retroativos a março daquele ano. Além disso tem plano de saúde para o trabalhador e uma cesta básica.

Desde então, o sindicato vem trabalhando em nova negociação, já que a data-base é 1º de março de cada ano. Algumas reuniões já foram realizadas em janeiro e uma nova rodada deve acontecer nos próximos dias para que o presidente apresente a proposta já aprovada pelos trabalhadores à empresa.

A Federação dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Minas Gerais (FETTROMINAS) divulgou recentemente uma tabela dos salários e benefícios do trabalhador do transporte urbano coletivo em toda a região e mais uma vez Pará de Minas é uma das que paga menos.

Para ter uma ideia, em Arcos, o salário do motorista é de R$ 1.680,00, há plano de saúde incluído, o vale alimentação é de R$ 400,00 e eles tem direito ao vale transporte.

Em Conselheiro Lafaiete, cidade com número de habitantes semelhante ao de Pará de Minas, o motorista recebe R$ 2.302,31, o cobrador R$ 1.178,05, e todos os trabalhadores tem plano de saúde, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, vale alimentação de R$ 391,32 e a passagem custa R$ 3,30.

Em Formiga, também no Centro-Oeste mineiro, o motorista ganha R$ 1.698,67; se fizer o trabalho de cobrador recebe adicional de 15% sobre o salário; o vale alimentação é de R$ 342,00 e a cada ano trabalhado na empresa, tem direito a adicional de 1% sobre o salário.

O Município de Pará de Minas é sempre comparado com Itaúna pelo sindicato da classe, pelo tamanho da cidade, rotas e população. Na cidade vizinha o motorista recebe R$ 2.022,94; o cobrador R$ 1.076,00; eles tem plano de saúde; seguro de vida que é correspondente ao valor multiplicado por 10 ao salário do empregado; R$ 294,00 ou uma cesta básica; vale transporte e abono salarial.

O presidente do Sindicato Francisco Ferreira Borges disse ao Portal GRNEWS que está ciente das dificuldades da empresa em reajustar os salários, pois há três anos a tarifa não sofre nenhum aumento, mas espera que a Turi dê o reajuste merecido aos trabalhadores:

Francisco Ferreira Borges
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A proposta já está pronta e aprovada pelos motoristas. Como o reajuste de outras categorias, o sindicato pediu baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que em 2019 ficou em 4,48%, mas um aumento de 5%. Além disso, ele quer um aumento considerável no ticket alimentação:

Francisco Ferreira Borges
franciscoferrreaj20202

A Turi possui atualmente uma média de 130 motoristas. Ao Portal GRNEWS, Francisco Ferreira Borges explica que a expectativa do sindicato é que o reajuste maior seja no vale alimentação, já que o aumento no valor não incide sobre impostos, férias e 13º salário, daí não causa grande impacto financeiro a empresa. Além disso, pretende incluir os familiares do trabalhador no plano de saúde.

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