Exposição “Um Museu, dois Presépios, dez Artistas” conta histórias e renova o espírito natalino em Pará de Minas

O espírito do Natal ganha uma dimensão ainda mais simbólica no Museu Histórico de Pará de Minas com a abertura da exposição Um Museu, dois Presépios, dez Artistas. A mostra, que estreia nesta quarta-feira (18), convida o público a mergulhar no universo da arte presepista por meio de diferentes linguagens e materiais que renovam a forma de olhar para o nascimento do menino Jesus — uma das representações mais antigas e significativas da cultura cristã.

Mostra reúne tradição, memória e novas interpretações artísticas
Logo na entrada, visitantes encontram um presépio completo, montado de maneira a preservar a essência da tradição: a cena do estábulo, a Sagrada Família, os pastores, os animais e os elementos que remetem ao ambiente rural da narrativa bíblica. A montagem dialoga com outras obras que compõem a exposição, organizadas em cenas que reconstroem momentos da história do nascimento de Cristo. Cada peça desafia o olhar do observador, revelando detalhes que vão além do esperado, evidenciando a riqueza artesanal presente na produção.

Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

Diversidade de técnicas e materiais valoriza a arte popular
Entre os diferenciais da mostra está a variedade de materiais utilizados pelos artistas. As peças foram criadas com argila, folhas secas, serragem e outros insumos naturais, demonstrando como a tradição pode ser reinventada sem perder sua essência. A textura da argila, a leveza das folhas e a rusticidade da serragem conferem aos presépios uma estética singular, mesclando simplicidade e profundidade simbólica.

Sob a curadoria do artista presepeiro João Batista Leite, a exposição reúne obras de dez criadores: Edson Arnaldo, João Batista, João Pedro dos Santos, Lucas Henrique, Marcos Ribeiro, Michel Salazar, Renny Duarte, Victor Acácio, Wagner Vasconcelos e Wilson Júnior. Cada artista traz sua própria sensibilidade e estilo, oferecendo múltiplas interpretações da mesma história sagrada. O conjunto evidencia a força da arte popular e o valor cultural dos presépios como expressão que atravessa gerações.

Depoimentos que reforçam identidade cultural
Para além das peças expostas, a mostra também ganha profundidade com os depoimentos de quem mantém viva a tradição do presépio em Pará de Minas. Alaércio Antônio Delfino, diretor do Museu Histórico, ressalta que a exposição cumpre o papel de preservar a memória e estimular novos olhares sobre o artesanato religioso. Segundo ele, iniciativas como essa aproximam a comunidade de suas raízes, especialmente em períodos festivos como o Natal:

Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

Alaércio Antônio Delfino
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O curador João Batista Leite explica que a curadoria buscou destacar a pluralidade da arte presepista, respeitando diferentes técnicas e estilos. Ele lembra que o presépio, embora simples em sua origem, carrega um simbolismo profundo que toca pessoas de todas as idades:

Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

João Batista Leite
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Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

Wagner Vasconcelos, ceramista e professor da Escola Municipal de Artes e Ofícios Raimundo Nogueira de Faria (Sica), enfatiza o aspecto educativo da mostra. Para ele, o contato direto com obras produzidas à mão desperta no público a valorização do trabalho artesanal e incentiva novos talentos:

Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

Wagner Vasconcelos
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O artista Marcos Vinícius Ribeiro também reforça a importância da iniciativa ao dar visibilidade a criadores locais e regionais, destacando que a exposição cria conexões afetivas e culturais que se renovam a cada visita:

Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

Marcos Vinícius Ribeiro
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Divulgação/Prefeitura de Pará de Minas

Tradição que se reinventa
Mais do que apresentar presépios, a exposição busca reafirmar o valor simbólico dessa manifestação artística tão presente nos lares brasileiros. Cada peça exposta carrega não apenas uma técnica, mas uma história, uma memória e uma forma particular de expressar fé e criatividade. O resultado é uma mostra que une tradição e contemporaneidade, convidando o público a revisitar o Natal com novos olhos — mais sensíveis, mais atentos e mais conectados à própria identidade cultural.

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