Andropausa: o colapso silencioso que ameaça o coração e a vitalidade masculina
A andropausa, ou a queda progressiva nos níveis de testosterona em homens, é um tema envolto em tabu, mas cujas consequências se estendem muito além da esfera sexual. Diferente da menopausa feminina, que é amplamente discutida, a diminuição hormonal masculina é silenciada, levando milhares de homens a normalizar sintomas que comprometem seriamente a saúde cardiovascular, o metabolismo e a qualidade de vida.
Os sinais ignorados e o estigma da consulta
O declínio da testosterona afeta a vitalidade e a clareza mental. Os sintomas, muitas vezes atribuídos ao envelhecimento ou ao estresse, incluem cansaço persistente, perda de massa muscular, acúmulo de gordura abdominal, falta de foco e queda drástica na motivação e na confiança.
O nutrólogo Gustavo de Oliveira Lima ressalta o risco desse silêncio:
“O homem costuma demorar muito mais do que a mulher para procurar ajuda médica. E, quando chega ao consultório, muitas vezes já apresenta complicações metabólicas sérias que poderiam ter sido prevenidas.”
O perigo cardiovascular e metabólico
Um dos efeitos mais graves da baixa testosterona é o impacto direto na saúde do coração. A redução do hormônio promove o acúmulo de gordura visceral (abdominal), que é altamente inflamatória e eleva o risco de eventos como infarto, AVC e diabetes tipo 2.
A condição está ligada à resistência à insulina, ao aumento do colesterol ruim (LDL) e à redução da sensibilidade vascular. O médico é categórico: “O coração sente a andropausa tanto quanto a libido”. Muitos homens ignoram que a sensação de “viver apagado” e com perda de vigor é, na verdade, um desequilíbrio bioquímico com sérias implicações físicas.
Quebrando o tabu da reposição hormonal
A reposição hormonal masculina (TRT), quando bem indicada e monitorada, é a principal aliada no tratamento, mas é cercada por estigmas. O maior mito é o medo de que a testosterona cause câncer de próstata.
Estudos recentes mostram que não há relação direta entre a reposição e o aumento do risco de câncer em homens saudáveis. Pelo contrário, níveis equilibrados de testosterona oferecem proteção à saúde óssea, muscular, cognitiva e cardiovascular.
“O grande problema não é a reposição. É a reposição mal indicada, feita sem acompanhamento. Com critério e segurança, ela devolve vitalidade, motivação e protege o corpo contra doenças associadas ao envelhecimento”, afirma Gustavo de Oliveira Lima.
O especialista conclui que a andropausa não deve ser invisível. Quebrar o tabu exige que o homem busque exames regulares após os 40 anos e entenda que a medicina oferece recursos para envelhecer com saúde e dignidade. Com informações da Assessoria de Comunicação do nutrólogo Gustavo de Oliveira Lima

