GRNEWS TV: Comunidade cobra reabertura de Centro de Saúde LGBTQIA+ que foi desativado em Pará de Minas
Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Reinaldo Silva, Camila Freitas e Thiago Jardim, delegados eleitos por Pará de Minas para Conferência Nacional LGBTQIA+, que debaterá o tema: Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. Também, falaram sobre as dificuldades enfrentadas no município, especial na área de Saúde.
Um espaço que fez diferença
Criado em 2020, o Centro Transformação funcionava dentro da UBS Nossa Senhora da Piedade e oferecia atendimento especializado à comunidade LGBTQIA+. O local proporcionava não só consultas médicas, mas também acompanhamento psicológico, assistência social, grupos de apoio e palestras. Havia ainda parcerias com instituições que ofertavam cursos e oportunidades de capacitação, ampliando o cuidado para além da saúde física. Usuários destacam que o centro promovia um acolhimento humanizado, fundamental especialmente para pessoas trans, que enfrentam constrangimentos e violências cotidianas nos serviços tradicionais.
Histórias de acolhimento e mudança
Relatos de ex-pacientes reforçam o impacto positivo do espaço. Camila Freitas, que se mudou de Fortaleza para Pará de Minas em 2020, afirma que quase todos os seus atendimentos na rede pública aconteceram pelo centro e que a diferença era visível. Já Thiago Jardim lembra que buscou o serviço em 2022 após viver uma perda dolorosa no ambiente de trabalho. Lá encontrou suporte psicológico. Já Reinaldo Silva chegou a conquistar, por meio de uma parceria do centro, uma bolsa de estudos que o ajudou a transformar sua trajetória.
A ausência e seus efeitos
Com o fechamento em março deste ano, os atendimentos foram transferidos para UBSs comuns, mas usuários relatam que falta preparo para acolher a população LGBTQIA+. Muitos desistiram de continuar o tratamento por não se sentirem respeitados desde a recepção. Para os pacientes, o centro representava mais que consultas: era um espaço de dignidade, empatia e oportunidade.
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