Prefeitura desapropria terreno onde estão ruínas da igreja e moinho em Guardas para criar a Rota Turístico-Cultural Benjamin de Oliveira
Em um passo decisivo, a Prefeitura de Pará de Minas desapropriou um terreno de quatro hectares no povoado de Guardas, que será o ponto de partida para a implantação da Rota Turístico-Cultural Benjamin de Oliveira. O processo de desapropriação já vinha sendo discutido desde 2021, mas só agora, com o atual governo, houve avanço e o terreno foi adquirido pelo município. A desapropriação ocorreu de forma amigável, com o pagamento de uma indenização de R$ 188.500,00. O local em Guardas, que inclui ruínas e uma capela antiga, faz parte do patrimônio histórico do município e é considerado um marco importante para a consolidação da rota.

Um projeto em andamento
A ideia da rota surgiu com o ex-assessor parlamentar e hoje, vereador Gustavo Henrique Duarte Silva, que abraçou a causa junto com o ex-vereador Hélio Andrade de Melo Júnior. O projeto de lei que instituiu a rota foi sancionado em 2021, mas, segundo Hélio Andrade de Melo Júnior, que responde pela Diretoria de Turismo da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Turismo, a proposta não havia saído do papel por falta de “vontade política”. Ele afirmou que o projeto só avançou na gestão do prefeito Inácio Franco, que “abraçou a ideia” e viu o potencial turístico e histórico da cidade:

Hélio Andrade de Melo Júnior
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O prefeito Inácio Franco confirmou que o processo se arrastava desde 2021 e que a atual administração conseguiu finalmente fazê-lo acontecer:

Inácio Franco
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O vice-prefeito Luiz Fernando de Lima destacou a parceria entre o Executivo e o Legislativo para valorizar a história e a cultura local, afirmando que o prefeito “demonstrou entusiasmo e resolveu investir” na iniciativa:

Luiz Fernando de Lima
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Riqueza histórica e cultural
O vereador Gustavo Henrique Duarte Silva destacou que a rota valoriza a antiga linha férrea e o legado de Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil, que nasceu em Pará de Minas. O vereador considera a rota um “tesouro” e a chama de “a Estrada Real de Pará de Minas”, pois a antiga linha férrea levava à sétima vila do ouro, Pitangui.
A região de Guardas, onde Benjamin de Oliveira nasceu, é de grande importância histórica, aparecendo nos primeiros mapas de Minas Gerais já no século 18. Com a desapropriação, o espaço será transformado para receber visitantes e preservar a memória do artista:

Gustavo Henrique Duarte Silva
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O secretário municipal de Esporte, Lazer e Turismo, Paulo Francisdale, ressaltou que, pela primeira vez, há um foco direto no turismo da cidade, com o apoio de uma gestão que tem a coragem de implementar projetos esquecidos. Ele informou que o próximo passo é planejar e desenhar o que poderá ser feito no local, em conjunto com a comunidade, para que a rota se torne uma realidade:

Paulo Francisdale
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Potencial econômico e educacional
O projeto não se restringe a atrair turistas de fora, mas também visa educar a própria população de Pará de Minas sobre a história de Benjamin de Oliveira e a importância do local. A rota será um espaço para a comunidade, que poderá se beneficiar diretamente dela.
O secretário Paulo Francisdale mencionou a possibilidade de a comunidade de Guardas ter uma nova fonte de renda com a exploração da rota. O espaço pode oferecer gastronomia, artesanato e lembranças do local, transformando-se em um ponto de referência que atrairá visitantes e gerará recursos para a cidade.
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