Estados Unidos buscam negociação com o Brasil após tarifaço

A Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos entrou em contato com o Ministério da Fazenda para agendar uma reunião, com o objetivo de discutir o “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump a uma parcela das exportações brasileiras. O ministro Fernando Haddad confirmou a iniciativa e destacou que, embora ainda não haja uma data, o contato representa um ponto de partida para as negociações.

“Há muita injustiça nas medidas que foram anunciadas ontem”, afirmou Haddad, ressaltando que o Brasil levará seu ponto de vista às autoridades norte-americanas. Cerca de 700 produtos foram excluídos da sobretaxa de 50%, o que, segundo o ministro, poupou aproximadamente 43% dos valores exportados para os EUA. No entanto, o impacto em setores específicos, como o mineral, ainda é considerado “dramático”.

Governo brasileiro prepara plano para auxiliar setores afetados
Mesmo com as exceções, o ministro anunciou que o governo federal prepara um pacote de medidas para auxiliar as empresas prejudicadas pelas novas tarifas. A iniciativa, que será detalhada nos próximos dias, incluirá linhas de crédito e apoio específico, com foco em setores menores e mais vulneráveis.

“Há casos que são dramáticos, que deveriam ser considerados imediatamente”, disse Haddad, enfatizando que o objetivo é proteger a indústria e os empregos. O ministro também explicou que, mesmo os setores de commodities que possuem outros mercados precisarão de tempo para se adaptar.

Haddad ainda fez uma crítica à tentativa de interferência do governo norte-americano na política interna do Brasil. Ele afirmou que a perseguição ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não deve ser parte das negociações, já que o Judiciário é um poder independente. O ministro defendeu que o Brasil é uma das democracias mais amplas do mundo, ao contrário do que sugere a ordem executiva de Trump. Com informações da Agência Brasil

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