GRNEWS TV: Educação na Penitenciária Dr. Pio Canedo é um caminho comprovado para reduzir a reincidência criminal
Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Marcelo Carvalho Barbosa, Diretor-Geral do Complexo Penitenciário Dr. Pio Canedo e Iolanda Faria Gonçalves Xavier, Diretora da Escola Estadual Professor Agmar Gomes do Couto, abordaram a importância da Educação no processo de ressocialização de pessoas privadas de liberdade.
Escolarização no cárcere: Oportunidade de transformação e seus impactos na sociedade
Trabalhar em um presídio e lecionar para detentos pode parecer incomum, mas a equipe envolvida acredita firmemente no poder da educação como ferramenta de ressocialização. A máxima é clara: cada indivíduo salvo da criminalidade representa “um a menos na rua”, contribuindo para a segurança da comunidade.
Para ilustrar essa crença, um estudo recente, realizado por uma professora que instrumentalizou a escolarização nos presídios, utilizou como base a própria Escola Estadual Professor Agmar Gomes do Couto, que funciona Complexo Penitenciário Dr. Pio Canedo em Pará de Minas. O trabalho científico comprovou que detentos que concluem o ensino médio dentro da penitenciária apresentam uma taxa de reincidência criminal de aproximadamente 25%. Esse índice contrasta drasticamente com a média nacional, que, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e o CENAPEM, gira em torno de 42%. Essa diferença de 17% a menos de reincidência para o preso escolarizado é um resultado significativo.
Desafios da superlotação e a importância da educação em todas as etapas
Apesar dos resultados positivos, a oferta de educação para todos os detentos é um desafio constante, principalmente devido à superlotação das unidades prisionais. A capacidade atual não permite que todos os presos sejam inseridos em atividades laborativas ou escolares que proporcionem remissão de pena. No entanto, esses resultados inspiradores impulsionam a equipe a continuar o trabalho, mesmo diante das limitações estruturais e administrativas, como a necessidade de receber novos detentos sem aviso prévio.
Dentro da escola prisional, o ensino abrange desde os anos iniciais do fundamental até o ensino médio, todos na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa abrangência demonstra o esforço em oferecer uma educação completa, do básico ao médio. O compromisso em cumprir as ordens e garantir o cumprimento dos direitos previstos para o sistema penitenciário, mesmo diante de um cenário de superlotação, reforça a dedicação da equipe em promover a educação como um pilar essencial para a transformação.
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