GRNEWS TV: Centro de Referência da UFV Florestal busca à excelência da cachaça mineira

Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, José Carlos Baffa Júnior, sommelier de cachaça, professor e coordenador do Centro em Referência em Cachaça da UFV Campus Florestal falou sobre ações para melhorar a qualidade e retirar da informalidade os produtores da bebida.

MG tem cinco mil produtores informais de cachaça
O Centro de Referência em Cachaça do Campus Florestal da UFV oferece suporte técnico completo para produtores, visando elevar a qualidade e formalizar o setor em Minas Gerais. O especialista ressalta a importância de auxiliar os cerca de cinco mil produtores informais do estado. Ele destaca os benefícios da formalização e do investimento em conhecimento.

Análise e consultoria personalizada
O laboratório do Centro, com custo de R$ 150 por análise (apenas para cobrir gastos, sem fins lucrativos), verifica parâmetros legais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como cobre, metanol, carbamato de etila, e outros. Se houver desvios, a equipe identifica e orienta as correções no processo produtivo.

Além do controle de qualidade, há um pacote de orientações a longo prazo. Ele permite ao produtor entender o perfil de cada barril, identificando aromas e compostos extraídos da madeira. Isso possibilita criar blends únicos, explorando as mais de 40 madeiras disponíveis, agregando valor e atendendo a um público que busca qualidade e paladares distintos.

Teor alcoólico e mercado global
A legislação brasileira define cachaça entre 38% e 48% de teor alcoólico. Acima disso, é aguardente de cana. A qualidade final depende de todo o processo produtivo, do solo à destilação.

Para quem busca diferenciação, cachaças envelhecidas em madeiras especiais, como amburana, ou barris importados, como por exemplo de vinho do Porto ou de whisky escocês, oferecem sabores complexos, justificando o investimento.

A formalização é crucial para que a cachaça deixe as vendas informais e conquiste mercados maiores, como supermercados e exportação, elevando o status da bebida nacional.

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