Campanha Março Lilás alerta para prevenção do câncer de colo de útero

Março é o mês de vestir lilás para lembrar a importância do conhecimento e da prevenção ao câncer de colo uterino – porção inferior do útero localizada no fundo da vagina. Esse tipo de doença figura entre um dos tumores de maior incidência na população feminina mundial, com cerca de 660 mil novos casos anuais.

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, é superado em diagnósticos nas mulheres somente pelos tumores de mama e de cólon/reto. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), são 17 mil brasileiras recebendo o diagnóstico anualmente.

O principal agente causador do câncer de colo de útero é o HPV, o papilomavírus humano, que apresenta centenas de subtipos, dos quais 40 podem infectar o trato genital.

A transmissão ocorre por meio do contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo a principal forma a via sexual; a infecção causa alterações na proliferação celular, o que propicia a formação de tumores.

“Apesar de prevalente, há medidas preventivas eficazes contra o câncer de colo de útero, que é singular dentre os demais, já que pode ser evitado por meio da vacinação, identificado por exames de rotina, tratado de forma eficaz em estágios muito precoces e tratado por novas drogas em estágios mais avançados”, explica Mariana de Paiva Batista, oncologista clínica do Hospital São Luiz Jabaquara, da Rede D’Or.

Inaugurada em 2012, a unidade dispõe de equipes de oncologia especializadas e altamente capacitadas para orientar, diagnosticar e tratar diferentes tipos de câncer, incluindo os ginecológicos.

Diante desse momento de entendimento da doença e eficácia das estratégias preventivas, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu a meta que dá propósito à campanha Março Lilás — eliminar o câncer de colo uterino como problema de saúde pública global até 2030.

“Estudos apontam que 80% da população feminina irá contrair ao menos uma infecção por HPV na vida. Somando este dado ao pico de incidência desse câncer, entre os 45 e 50 anos, concluímos ser imperativo a adoção de medidas preventivas por todas as pessoas com útero a partir, no mínimo, da segunda década vivida para que se evite o desenvolvimento da doença”, contextualiza Marcelo Carlos Cosme, ginecologista do São Luiz Jabaquara.

“O ideal é aplicar todas as vacinações indicadas para a sua prevenção em meninas e meninos, entre o fim da infância e o início da adolescência”, complementa o médico.

Confira abaixo algumas orientações sobre vacinação e prevenção:
– Em serviços privados, a vacina nonavalente está disponível e promove a proteção contra cânceres, infecções e lesões pré-cancerosas associadas ao HPV em homens e mulheres de 9 a 45 anos;

– No SUS, o programa nacional de imunização disponibiliza gratuitamente a vacina quadrivalente, que age contra 4 subtipos de HPV de maior risco para câncer em meninos e meninas entre 9 e 14 anos, e para indivíduos imunocomprometidos de 9 a 45 anos, a depender da causa da imunossupressão;

– O rastreamento e acompanhamento é preconizado entre os 25 e 64 anos em pessoas com útero que já iniciaram atividade sexual, por meio de exames de Papanicolau e método laboratorial com pesquisa do DNA do vírus.

Os homens também exercem um papel importante, já que podem ser transmissores do vírus e vítimas de outros canceres associados ao HPV, como câncer de região genital e orofaringe.

“O conhecimento e os avanços na área da saúde viabilizam uma melhoria significativa no combate à doença, desde que saibamos aplicá-los. Busque orientação médica de confiança, cuide de você e dos seus e faça sua parte contra o HPV e o câncer de colo de útero,” enfatiza a oncologista Mariana de Paiva Batista. Com informações da Assessoria de Comunicação do Hospital São Luiz Jabaquara.

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