Afroatitude transforma a educação e exalta o orgulho negro em Pará de Minas. Celebração que ultrapassa a sala de aula

A Semana da Consciência Negra ganhou uma nova dimensão na Escola Municipal Professora Amélia Guimarães (CAIC). Sob a coordenação do professor Rony Morais e da supervisora Renata Lemos, o evento “Afroatitude: Nossa Terra, Nossa Cor” mostrou que a valorização da cultura afro-brasileira não se limita ao calendário: é prática pedagógica contínua e comprometida com a formação cidadã.

A diretora Carla Mota reforça essa missão. Para ela, a escola se tornou um espaço de resistência, de construção de identidade e de fortalecimento da autoestima. “Não estamos apenas cumprindo a Lei 10.639/03. Estamos construindo o futuro”, afirma.

Divulgação/Rony Morais

Mostra teatral celebra histórias e memórias afro-brasileiras
A programação abrangeu muito mais que a noite de gala. A Mostra Benjamim de Oliveira de Cenas Curtas, em homenagem ao primeiro palhaço negro de destaque do país, levou teatro, narrativa e simbologia para diferentes espaços da cidade.

Esquetes como Dona Baratinha, Mude, A Lenda do Baobá, Menino de Rua e João e Maria foram apresentados por alunos das escolas Amélia Guimarães e Orosina Cecília Mendonça, sob direção de Rony Morais. As performances circularam pela Creche Municipal Nair Guimarães Ferreira, pelo CAIC e pelo Projeto Estação Afro, com apoio das secretarias municipais de Cultura e de Educação — articulando escolas, comunidade e memória.

Divulgação/Rony Morais

Culminância reúne arte, reflexão e reconhecimento
A noite do dia 26 de novembro marcou o ápice da iniciativa. O auditório do CAIC, revitalizado especialmente para o evento, ficou completamente lotado para receber famílias, estudantes e convidados.

A abertura do espaço expositivo “Nossa Terra, Nossa Cor” apresentou obras de Artes Visuais de alunos do 1º ao 5º ano e do artista plástico Caio Henrique, integrante do Afroatitude.

O palco se tornou cenário de apresentações impactantes, como o esquete Paiaça Caramelo em busca de um sorriso, com a atriz Cris Poesia, e a coreografia contemporânea Todo Homem, interpretada por Driele Soares e Naysmit Alves, que emocionou o público.

Divulgação/Rony Morais

Troféu Benjamim de Oliveira valoriza lideranças negras
Em sua essência, a noite também foi de reconhecimento. A entrega do Troféu Benjamim de Oliveira destacou pessoas negras que constroem diariamente a cidade, mas cujas contribuições nem sempre recebem a visibilidade merecida.

Divulgação/Rony Morais

Foram homenageados:
José Carlos Moreira (Esporte)

Padre Geraldo Gabriel de Bessa (Fé e Cultura)

Mary Lúcia (Serviço)

Wendell Guilherme (Arte-educação)

Alaércio Antônio Delfino (História)

2º Sargento Veterana Elma Adriana (Segurança)

Cada homenagem reafirmou que o orgulho negro é força motriz da cidade e que o legado de Benjamim de Oliveira continua inspirando novas gerações.

Divulgação/Rony Morais

Mais que evento, um movimento de base
O Afroatitude nasce do trabalho coletivo: Caio Henrique (Artes Visuais), João Batista Leite (Direção de Arte), Carla Marina Vieira (Assessoria Pedagógica), Marcos Paulo Araújo (Projetos) e Rony Morais (Direção Geral).

Em uma sociedade onde discursos conservadores ainda tentam silenciar narrativas negras, o projeto se consolida como um farol de consciência, orgulho e resistência.

A Afroatitude prova que transformar a educação é transformar a cidade — com arte, memória, identidade e pertencimento.

Divulgação/Rony Morais
Divulgação/Rony Morais

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