Após Surdolimpíadas em Pará de Minas, Brasil sediará Jogos Surdolímpicos com 6 mil atletas de mais de 100 países

O Município de Pará de Minas realizou entre os dias 21 e 23 de junho de 2019 a 2ª Surdolimpíadas do Brasil. A competição foi realizada pela primeira vez em maio de 2002 em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. No ano passado a competição foi disputada em Pará de Minas com o apoio do Ministério do Esporte que liberou verba de R$130 mil para custeio das despesas. O recurso veio através do deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB).

Cerca de 320 atletas de 14 estados brasileiros estiveram em Pará de Minas para o campeonato que reuniu 11 modalidades esportivas, entre elas atletismo, badminton, basquete, futebol de campo, handebol, judô, karatê, natação, tênis de mesa, vôlei e xadrez.

A organização ficou a cargo da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) que vê nesta competição uma forma de mostrar a toda a população que a deficiência auditiva não limita a capacidade nem os sonhos de ninguém.

A cerimônia de abertura oficial da 2ª Surdolimpíadas do Brasil foi realizada no dia 21 de junho no ginásio poliesportivo do Clube Praça de Esportes do Pará. Além do deputado federal Eduardo Barbosa e outros políticos de Pará de Minas e região, também participaram a primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro e o ministro Osmar Terra, que á época respondia pelo Ministério da Cidadania, onde está a pasta de Esportes do Governo Federal.

Agora o Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD) confirma a realização das Surdolimpíadas, que será disputada em 2021. A exemplo do que ocorreu na primeira edição em 2002, com a 1ª Surdolimpíadas do Brasil, esta disputa internacional, também será realizada na região Sul do Brasil. Desta vez a cidade escolhida para foi Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

O evento internacional deverá reunir 6 mil atletas de mais de 100 países em 22 modalidades, os jogos ocorrerão entre os dias 5 e 21 de dezembro do ano que vem em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.

Em documento divulgado na quarta-feira (26), o comitê parabenizou a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) e toda a equipe pelo trabalho feito para garantir que o país tenha condições de receber a competição, que será disputada pela primeira vez na América do Sul.

Em uma reunião realizada em janeiro, representantes da prefeitura, da Universidade de Caxias do Sul, do ICSD e do Caxias Convention & Visitors Bureau definiram ações para sediar o evento esportivo.

O prefeito de Caxias do Sul Flávio Cassina designou o secretário de Esportes e Lazer, Gabriel Citton, para fazer um projeto de captação de recursos financeiros junto aos governos federal e estadual. “Não podemos perder um evento dessa grandeza e de relevância na área do esporte, da inclusão social, mas que também movimenta o comércio e turismo. Temos tempo para juntos fazermos um belo trabalho”, disse Cassina, lembrando que o investimento para a realização do evento no Brasil deve passar de R$ 10 milhões.

O plano prevê competições na Vila Olímpica da universidade e em outros locais de Caxias do Sul, como o ginásio e as pistas de atletismo do Serviço Social da Indústria (Sesi), as piscinas Recreio da Juventude e os Estádios Centenário e Alfredo Jaconi. Cidades vizinhas, como Gramado, Bento Gonçalves e a capital, Porto Alegre, também poderão receber disputas esportivas ou auxiliar na acomodação das delegações das Surdolimpíadas.

Até agora, foram realizadas 23 edições dos Jogos Surdolímpicos. A primeira, conhecida na época como Jogos Internacionais em Silêncio, foi em 1924, em Paris.

Disputados de quatro em quatro anos, os jogos foram interrompidos apenas durante a segunda guerra mundial (de 1939 a 1945). A última Surdolimpíada foi realizada em 2017 e teve como sede a Turquia, com provas disputadas na cidade de Samsun.

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