Estudo da Fiocruz revela que violência atinge jovens, mulheres e negros de forma desproporcional no Brasil

Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a violência no Brasil não afeta a todos da mesma maneira. O estudo, que analisou dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e 2023, aponta que adolescentes, jovens adultos, mulheres, pretos e pardos são as principais vítimas.

A juventude negra é a mais afetada
O estudo revela que 65% das mortes de jovens são causadas por violência e acidentes. Entre os óbitos por causas externas, a juventude negra representa quase três quartos do total, somando mais de 61 mil mortes. A taxa de mortalidade entre jovens negros do sexo masculino chega a 227,5 para cada 100 mil habitantes.

A violência contra os jovens se manifesta principalmente como agressão física (47%), seguida de violência psicológica e moral (15,6%) e violência sexual (7,2%). A pesquisa aponta que, em geral, a violência física é mais comum entre os mais jovens, enquanto a psicológica predomina em vítimas mais velhas.

Mulheres também são foco da violência
As mulheres são as maiores vítimas de violência, de acordo com as notificações do SUS, especialmente as meninas de 15 a 19 anos. Em algumas unidades da federação, como o Distrito Federal e o Espírito Santo, a taxa é de um caso de violência para cada grupo de 100 mulheres.

O estudo também destaca que os jovens com deficiência foram vítimas de violência em 20,5% das notificações. A maioria desses jovens apresentava algum tipo de transtorno mental, comportamental ou deficiência intelectual. Com informações da Agência Brasil

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