Prévia da inflação atinge menor nível em quase três anos
A prévia da inflação oficial do país registrou uma queda de 0,14% em agosto, impulsionada pela redução dos preços da energia elétrica, alimentos e combustíveis. O resultado, o menor desde setembro de 2022, representa a primeira deflação (inflação negativa) desde julho de 2023, mostrando um alívio no custo de vida para as famílias brasileiras.
A constatação vem do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve como termômetro da inflação, e foi divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumulado nos últimos 12 meses também caiu, passando de 5,30% em julho para 4,95% em agosto.
Energia, alimentos e gasolina puxam a queda
A principal responsável pela deflação foi a habitação, com queda de 1,13% no grupo, principalmente devido à conta de luz, que recuou 4,93%. A redução se deve ao chamado Bônus de Itaipu, um desconto que beneficiou milhões de consumidores e ajudou a compensar o aumento da bandeira tarifária vermelha 2.
O grupo de alimentos e bebidas também contribuiu, registrando deflação de 0,53% pelo terceiro mês consecutivo. Entre os destaques estão a queda de preços de produtos como manga, batata-inglesa, cebola, tomate e carnes.
Nos transportes, o recuo de 0,47% foi influenciado pela diminuição nos preços da gasolina (-1,14%), passagens aéreas e automóveis novos.
Como a prévia é calculada
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, mas se diferencia pelo período e local de coleta de dados. A prévia é divulgada antes do fim do mês, com base em preços coletados entre 16 de julho e 14 de agosto, em 11 regiões metropolitanas do país. Ambos os índices consideram uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda de um a 40 salários mínimos. O IPCA completo de agosto será divulgado em 10 de setembro. Com informações da Agência Brasil

