Brasil registra 180 estupros por dia e Pará de Minas registrou vários casos em 2019; veja dicas de prevenção da PM
Em 2018 o Brasil registrou mais de 66 mil casos de violência sexual o que corresponde a cerca de 180 estupros diariamente. Do total, 54% têm até 13 anos. O dado assusta mas é real, de acordo com o 13º Anuário de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A situação fica ainda pior quando o aumento no número de casos de estupro vem acompanhado do crescimento de outros crimes contra mulheres, como feminicídio e agressão doméstica.
O anuário mostra dados parciais, já que muitas vítimas tem medo de retaliação por parte do agressor, receio do julgamento alheio, falta de confiança nas instituições e até se sentem constrangidas. Ou seja, a estimativa é que muitos estupros não são registrados diariamente, apenas 7,5% das vítimas de violência sexual no Brasil notificam a Polícia.
Em Minas Gerais, de acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), até agora foram registrados 1.360 estupros e 86 ocorrências de estupro de vulnerável, que são menores de 14 anos e pessoas com algum tipo de deficiência.
Em Pará de Minas, no ano de 2019 foram quatro casos de estupro consumados, registrados em junho, julho, agosto e setembro. Quanto ao estupro de vulnerável são nove registros nos meses de janeiro, março, abril, agosto e setembro.
Os dados apontam que em 76% dos casos no país, a vítima tem algum vínculo com o abusador, é algum parente ou mora próximo à pessoa. Por isso todo cuidado é pouco.
Sargento Paulo Roberto Giardullo Pinto, assessor de comunicação da 19ª Companhia Independente de Polícia Militar, disse a reportagem do Portal GRNEWS que a maior parte dos casos acontece dentro da casa da vítima e por conhecidos da família:
Paulo Roberto Giardullo Pinto
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Portanto, no caso de crianças e adolescentes, cabe aos pais a responsabilidade de conversar e estar sempre atento.
A dica da Polícia Militar é não deixar os filhos com estranhos e observar atitudes diferentes tanto da criança e adolescente, como também de algum parente suspeito:
Paulo Roberto Giardullo Pinto
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O anuário divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública também sugere a formulação de políticas públicas de prevenção, proteção e repressão. Entre as sugestões, tratar o sexo nas escolas, com aulas de educação sexual e mostrando á criança e adolescente o que é violência e quais os canais para pedir ajuda.
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