Romeu Zema diz que MG corre risco de ficar sem energia elétrica e Cemig responde
Além de pagar um preço alto pela energia elétrica, o consumidor mineiro corre risco de sofrer com racionamento. A opção não é descartada pelo governo mineiro. Conforme publicado pelo Portal GRNEWS, o governador Romeu Zema (Novo) disse em entrevista que o sistema de abastecimento de energia em Minas Gerais está no limite e a falta de chuvas pode causar desabastecimento em algumas regiões.
Atualmente os mineiros pagam a conta de energia cujo cálculo é feito baseado na Bandeira Vermelha – Patamar 2, que são condições ainda mais caras para manter a geração de energia. A tarifa tem um acréscimo de R$ 9,492 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido.
E agora a preocupação dos paraminenses é que, além de pagar um valor alto há o risco de ficar sem energia elétrica. O Portal GRNEWS buscou então informações diretamente com a prestadora do serviço em Minas Gerais.
Em nota, a assessoria de comunicação da Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (Cemig) informou que “o abastecimento elétrico no Brasil vem de um sistema que é interligado, o SIN, que garante o suprimento energético como um todo. Quando há um déficit de capacidade de geração em determinada região, a energia necessária para o suprimento vem de outras regiões. Desta forma, o abastecimento energético não é uma questão regional, mas de gestão nacional pelo ONS”.
Ainda de acordo com a Cemig, as usinas Santo Antônio e Belo Monte estão localizadas na região Norte do país e abastecem além de Minas Gerais, o Sistema Interligado Nacional (SIN) como um todo. A Santo Antônio é operada pela Santo Antônio Energia, enquanto a Belo Monte é operada pela Norte Energia.
Com relação a Minas Gerais, a situação mais crítica dentre os reservatórios operados pela Cemig permanece restrita aos reservatórios de Nova Ponte no Rio Araguari, e Emborcação no Rio Paranaíba, ambos no Triângulo Mineiro, que já apresentam volumes próximos aos menores já verificados no histórico.
“Os outros reservatórios, apesar da natural diminuição do volume útil nos próximos meses de seca, os volumes mais baixos previstos devem permanecer acima de valores já observados em anos anteriores, com exceção da usina de Irapé, no Rio Jequitinhonha, que pode apresentar volumes abaixo daqueles já registrados na operação da usina”.
A estatal destacou ainda que o principal papel da Cemig na gestão dos reservatórios, dado o cenário de escassez hídrica, tem sido “identificar os principais impactos da operação do reservatório em níveis reduzidos e alertar ao demais usuários do potencial impacto associado. Cabe ressaltar que os principais reservatórios da Cemig têm sua operação e despacho energético coordenados pelo ONS, que é responsável pela definição da política operativa dos reservatórios de forma a atender as necessidades do Sistema Interligado Nacional (SIN)”.
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