Pará de Minas não aderiu ao projeto de escola cívico-militar do governo federal por falta de recursos
No dia 5 de setembro o governo federal lançou em parceria com os ministérios da Educação (MEC) e da Defesa, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. A intenção é apresentar um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa, com os docentes da escola apoiados por militares. Segundo o governo, a intenção é implantar 216 escolas deste tipo em todo o país até 2023, sendo 54 por ano.
Escolas que já tem implantado o sistema alcançaram bons resultados e os estudantes aprendem a ter mais disciplina além de melhorar o processo de aprendizagem, se baseando nos modelos de colégios militares do Exército e das polícias.
O MEC estabeleceu prazo até 27 de setembro, para que estados e municípios possam aderir ao Programa, mostrando a intenção de participar. A escola precisa seguir vários requisitos, como baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), estudantes em situação de vulnerabilidade social e ter entre 500 e 1.000 alunos no ensino fundamental II ou médio.
Para implantar o programa o governo vai liberar R$ 54 milhões para o próximo ano, sendo R$ 1 milhão por escola que aderir. O dinheiro é para investir no pagamento de pessoal, melhoria da infraestrutura, compra de material escolar e reformas. Militares da reserva das Forças Armadas poderão trabalhar nas instituições, além do estado estar autorizado a destinar policiais e bombeiros militares no apoio à administração.
Pará de Minas ainda não aderiu ao programa. O prefeito Elias Diniz (PSD) disse a reportagem do Portal GRNEWS que conversou com o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em recente visita dele a Pará de Minas. Segundo ele o município tem interesse em participar, porém faltam recursos do Estado para colocar o projeto em prática:
Elias Diniz
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De acordo com o MEC, a própria comunidade escolar pode demonstrar interesse na implantação da Escola Cívico-Militar. Para isso é preciso realizar uma reunião e apresentar a pais e responsáveis o modelo de ensino. Depois é realizada uma audiência pública e uma votação. O resultado é enviado ao Ministério da Educação pela Secretaria de Estado de Educação mostrando a intenção da escola em participar.
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