Biólogo diz que quatro mortes fecham cervejaria, mas não acontece nada com a Vale após centenas de mortes

Após o rompimento da barragem da mineradora Vale na mina do Córrego do Feijão em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019, quando Pará de Minas sofreu diretamente os impactos, membros do poder público e da sociedade civil organizada decidiram montar um comitê.

O Comitê de Gestão e Avaliação de Resposta ao Desastre é composto por representantes da Prefeitura de Pará de Minas, funcionários da Águas de Pará de Minas, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) através da Comarca de Pará de Minas e membros da sociedade civil organizada, como integrantes do Grupo Mais e da iniciativa Pará de Minas 4.0.

Durante todo o ano de 2019, eles participaram de reuniões com advogados da Vale. Foi também graças ao comitê, que o Termo de Compromisso (TC) foi firmado, exigindo que a mineradora ressarcisse o município inicialmente com a adutora no Rio Pará, a perfuração de poços artesianos e construção de reservatórios.

Desde o final de agosto, o biólogo e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (CODEMA) José Hermano de Oliveira Franco, é também o coordenador do Comitê. Segundo ele, o grupo sugere ações e medidas mas não tem poder de ação. Lamenta ainda a falta de ação da Vale em apenas prometer e não cumprir:

José Hermano de Oliveira Franco
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Desde o início do comitê, os membros temeram um “calote” da mineradora, que fez várias promessas aos atingidos de Mariana em 2015 e até hoje não tiveram retorno, inclusive financeiro. Infelizmente, segundo José Hermano, é necessário continuar cobrando das autoridades e principalmente da Vale:

José Hermano de Oliveira Franco
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As medidas que constam no Termo de Compromisso firmado com a Vale são apenas de compensação, a partir do momento que teve de ser interrompida a captação no Rio Paraopeba, principal fonte de abastecimento dos paraminenses. A mineradora também deverá ressarcir o Município pelos danos ambientais causados:

José Hermano de Oliveira Franco
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Espera também que o crime ambiental não seja esquecido:

José Hermano de Oliveira Franco
josehermanoumanovale4

O crime ambiental provocado pela Vale completa um ano no sábado, 25 de janeiro. A tragédia deixou 270 vítimas entre mortos e desaparecidos.

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