Promotor diz que Saúde pode entrar em colapso quinta-feira em MG; Zema estuda lockdown no estado

Os casos confirmados e as mortes causadas pelo novo coronavírus (COVID-19) vem em uma escalada ascendente em Minas Gerais. A curva de contágio avança rapidamente por todo o estado. Os dados de ontem, 21 de junho, mostravam que MG tinha 27.641 casos confirmados e 661 mortes por COVID-19 em 630 municípios. Confirmando o crescimento rápido da doença nos municípios mineiros, hoje (22), o número de mortes causadas pelo novo coronavírus em MG saltou para 688 e os casos confirmados se aproximam de 29 mil no estado. Em Pará de Minas o último boletim foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na sexta-feira (19) mostra que a cidade tinha 51 casos confirmados os suspeitos passavam de 700.

Em Pará de Minas a situação também é muito preocupante com crescimento diário do registro de novos casos confirmados e suspeitos. Tanto que nesta segunda-feira, 22 de junho, completa o prazo de 10 dias para nova analise da situação após o afrouxamento do isolamento social com autorização para funcionamento de bares com restrições, conforme decreto municipal publicado em 11 de junho.

Esta decisão de aumentar ainda mais a flexibilização pegou muita gente de surpresa no momento em que os casos estavam aumentando muito na cidade e o reconhecimento do secretário municipal de Saúde Wagner Magesty que a equipe de fiscalização da prefeitura não dá conta de atender a demanda em Pará de Minas.

Por isso o mesmo decreto que flexibilizou o isolamento social autorizando o funcionamento dos bares é contraditório. Mesmo não tendo fiscais suficientes, o documento assinado pelo prefeito Elias Diniz (PSD) e o procurador-geral do Município Hernando Fernandes da Silva cita que a fiscalização deverá ser feita por equipes da prefeitura.

Na sexta-feira (19) durante entrevista coletiva o prefeito Elias Diniz declarou que que o Comitê discutirá prevenção a COVID-19 durante reunião nesta segunda-feira (22) para reavaliar a situação em Pará de Minas. Na mesma coletiva, o secretário municipal de Saúde Wagner Magesty afirmou que a internação de pacientes de outras cidades no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) preocupa.

Saúde em MG pode entrar em colapso na quinta-feira
Técnicos do Centro de Operações Especiais de Saúde (COIS) criaram um gráfico mostrando que ainda esta semana o Sistema Único de Saúde (SUS) de Minas Gerais entrará em colapso devido a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A data mais precisa, segundo o promotor Luciano Moreira do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Saúde é a próxima quinta-feira, 25 de junho.

A informação foi dada à Rádio Itatiaia e o promotor explicou na entrevista que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) iniciou em abril um estudo técnico indicando qual o momento certo para flexibilização de setores no estado. O documento foi incluindo enviado ao COIS e também ao secretário Carlos Eduardo Amaral.

O promotor vem acompanhando o esgotamento de leitos do SUS e garantiu que este é o momento mais crítico no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus em Minas Gerais. O esgotamento dos leitos da rede pública deve ser nesta semana.

Com isso, ele afirma que mais pessoas podem morrer já que não terão acesso ao leito hospitalar. O MPMG vem alertando estado e municípios sobre a situação e os perigos da flexibilização. O momento, segundo ele, é de reforçar o distanciamento social.

Outra preocupação do MPMG é quanto a medicamentos e a falta de anestésicos e pede mais uma vez a compreensão e cuidados da população mineira.

Com 90% de ocupação de leitos, Zema avalia lockdown no estado
Também em entrevista a Rádio Itatiaia, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou na noite de ontem (21) que não descarta o lockdown no estado. Algumas cidades, como Araxá, entraram em isolamento total nesta segunda-feira, 22 de junho.

Zema também garantiu que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tem conversado semanalmente com secretários e prefeitos de todos os municípios mineiros para ter uma noção mais concreta da situação em cada região, e assim, ajudar na tomada de medidas.

O governador ainda ressaltou que o nível de ocupação de leitos no estado é de 90% e se necessário for, hospitais podem entrar em funcionamento em três ou quatro dias e médicos da Polícia Militar também podem ser usados no enfrentamento à doença.

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