Gripe aviária: ministro aponta possibilidade de China flexibilizar restrições ao frango brasileiro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou ontem (20) que há sinais de que a China poderá adotar uma abordagem mais específica e regionalizada em relação às restrições impostas à importação de carne de frango do Brasil. A medida atual, que suspende temporariamente as compras do produto de todo o território nacional, foi adotada após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, na quinta-feira (15).

Período de observação é crucial para decisão
Segundo Fávaro, embora existam indicativos positivos, ainda é prematuro afirmar que o governo chinês adotará de fato uma regionalização da suspensão. Isso significaria permitir a retomada das importações de carne de frango de regiões não afetadas pela doença. “O caso é muito recente. O período de incubação do vírus é de 28 dias. Somente após esse intervalo será possível verificar se houve contenção do foco”, explicou o ministro.

Durante esse período, as autoridades sanitárias monitoram o local para confirmar se não surgirão novos casos. Caso isso se confirme, o local poderá ser considerado livre da doença, o que fortalece a posição brasileira para negociar com os chineses a liberação gradual das exportações.

Histórico favorece possível flexibilização
Fávaro relembrou um episódio anterior envolvendo a doença de Newcastle, detectada também no Rio Grande do Sul em 2024. Naquela ocasião, a China decidiu restringir as importações apenas da região afetada, permitindo que outras localidades continuassem exportando normalmente. “Naquele caso, houve regionalização. Agora, há indícios de que isso pode se repetir. Mas ainda é cedo para qualquer certeza”, completou o ministro.

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, e a China representa um dos principais mercados para o setor. A eventual regionalização das restrições seria vista com bons olhos pelos produtores e exportadores brasileiros, que buscam minimizar os impactos econômicos da suspensão. Com informações da Agência Brasil

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