Programa visa proteger o peixe Surubim do Doce, espécie ameaçada de extinção em Minas Gerais
O Plano de Ação Territorial para conservação de espécies ameaçadas de extinção (PAT) Espinhaço Mineiro iniciou as atividades voltadas à conservação do Surubim do Doce (Steindachneridion doceanum), espécie nativa do rio Doce e criticamente ameaçada de extinção.
O peixe era bastante comum na calha do Rio Doce, pelas presenças de pedras e trechos com forte correnteza, mas tornou-se rara por conta da pesca predatória e alteração no seu habitat natural.
As atividades estão sendo desenvolvidas em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte (FPMZB) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto conta ainda com a consultoria especializada doceana para os levantamentos de dados, estudos e trabalhos de campo, ações de mobilização, entre outros.
O primeiro avanço, um dos mais relevantes, já ocorreu no final de março, com a coleta de três exemplares do Surubim no rio Piranga. Após triagem em campo, os peixes foram devidamente transportados para o Zoológico de Belo Horizonte, onde foram recebidos com todos os cuidados pela equipe de biólogos e tratadores do aquário.
Lá, eles iniciaram o período de quarentena, sob os olhares dos veterinários, para se adaptar ao novo ambiente.
“Esse é o primeiro passo para os trabalhos de manutenção, conservação e reprodução fora do ambiente natural da espécie”, afirma a analista ambiental Janaina Aguiar, que integra a equipe do IEF no projeto.
Programa
O PAT faz parte do “Projeto Pró-Espécies: Estratégia Nacional para conservação de espécies e ameaçadas de extinção”, e tem um olhar especial para aquelas espécies que estão em alto risco, classificadas como Criticamente em Perigo (CR) e que ainda não possuíam um instrumento de proteção.
O programa é coordenado em Minas pelo Instituto Estadual de Florestas. Com Agência Minas