Novidade na lavoura mineira
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) desenvolveu uma nova técnica para otimizar a produção de feijão. A empresa agora produz sementes da cultivar BRSMG Marte enriquecidas com molibdênio, um micronutriente essencial para o desenvolvimento das plantas. A inovação promete aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, simplificar o manejo do solo e trazer benefícios ambientais.
O molibdênio é um mineral fundamental para a eficiência do uso do nitrogênio pelo feijoeiro, e sua aplicação na lavoura pode triplicar a produção. A Epamig descobriu que pulverizar o mineral nos feijoeiros durante o ciclo de vida da planta resulta em sementes que já contêm o nutriente, eliminando a necessidade de o agricultor fazer a adubação de solo com o mineral.
Mais praticidade e benefícios ambientais
O pesquisador Pablo Teixeira, da Epamig, explica que as sementes enriquecidas simplificam o trabalho do agricultor e reduzem a necessidade de fertilizantes nitrogenados. Isso ocorre porque a tecnologia melhora a absorção de nitrogênio pelas bactérias do solo, o que reduz o uso de fertilizantes. Além disso, essa inovação tem um impacto positivo no meio ambiente, pois diminui a emissão de óxido nitroso, um gás de efeito estufa.
A cultivar BRSMG Marte, utilizada no estudo, tem características agronômicas que a tornam ideal para o cultivo, como alta produtividade (podendo superar 45 sacos por hectare) e resistência a doenças. O feijão vermelho, que tradicionalmente é plantado em outras regiões de Minas Gerais, tem ganhado espaço em novas áreas do estado e até em estados vizinhos, como o Espírito Santo. A expectativa da Epamig é que a nova semente substitua gradualmente outras variedades mais suscetíveis a doenças. Com informações da Agência Minas


