Pará de Minas mantém flexibilizações com tudo aberto e não cumpre o Minas Consciente apesar de aumento de casos

O primeiro anúncio do Governo de MG foi feito na quarta-feira (13) quando a macrorregião Oeste, a qual o município de Pará de Minas está inserido, continuaria enquadrada na Onda Vermelha do Minas Consciente por pelo menos mais uma semana. No dia seguinte, na quinta-feira (14), os indicadores mostraram que a microrregião também foi para a vermelha, onda mais restritiva do plano.

Na Vermelha apenas os serviços essenciais podem funcionar como supermercados, padarias, farmácias, agências bancárias, lojas de conveniência, restaurantes e bares com serviços apenas por delivery, açougues, construção civil e oficinas.

O plano Minas Consciente prevê que após a análise feita por profissionais das secretarias de Estado de Saúde e Desenvolvimento Econômico e divulgação dos resultados, a adesão é feita a partir do sábado seguinte. É dado um prazo para que os setores comerciais possam se organizar e seguir as recomendações.

Mas em Pará de Minas a situação não é esta. Mesmo o Município tendo anunciado a adesão ao plano estadual, o mesmo não é cumprido pela gestão municipal que na maioria das vezes decide sem ouvir o comitê de enfrentamento. Enquadrado na Onda Vermelha tanto pela macrorregião como pela micro, desde sábado (16) o comércio não essencial deveria estar fechado para evitar aglomerações. Mas como se nota desde o início da pandemia, em Pará de Minas a prioridade sempre é para a economia e a saúde é relegada a planos inferiores, mesmo com aumento de casos confirmados e mortes. Nada disso é levado em conta. Apenas a manutenção dos estabelecimentos comerciais de todos os segmentos abertos, contribuindo para gerar aglomerações e propagar o novo coronavírus. Por isso, o município descumpre mais uma vez o que determina o Minas Consciente, dando um péssimo exemplo ao não seguir as regras do plano que aderiu espontaneamente, e o comércio não essencial que deveria estar fechado ou funcionando por delivery desde sábado (16), conforme as recomendações do governo estadual, está aberto e funcionando normalmente como se não houvesse coronavírus em Pará de Minas.

Sobre o assunto, ao Portal GRNEWS o procurador-geral do Município Hernando Fernandes da Silva disse que como um decreto municipal estava em vigor, este seria seguido até o Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde da Covid-19 de Pará de Minas se reunisse novamente, o que ainda não aconteceu. Porém, o comitê se encontrou pela última vez no ano passado. Em 2021 nenhuma reunião foi realizada apesar do aumento dos casos confirmados que se aproximam de 1.800 e das notificações suspeitas que superam 9 mil até esta terça-feira (19).

Enquanto isso a cidade segue o decreto, descumprindo o plano do governo estadual. Diante disso, o Portal GRNEWS procurou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedese) para saber se o município que aderiu ao plano pode decidir por conta própria o que fazer em cada onda.

Em nota enviada pela assessoria de comunicação, a Sedese informou “que os municípios que optarem pela adesão ao plano deverão seguir todas as orientações que são divulgadas e atualizadas semanalmente. O plano tem como objetivo conduzir a atuação dos municípios de forma coordenada, trazendo mais controle e efetividade para o enfrentamento da situação atual. Por isso, é recomendada a adesão integral ao plano. Nesse sentido, o município que adere ao Minas Consciente deve adotar as medidas que estão determinadas em cada onda. Em caso de ações contrárias às definições do Minas Consciente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico aciona a Prefeitura para os devidos esclarecimentos”.

O Portal GRNEWS apurou que o Comitê pode até se reunir em Pará de Minas nesta quarta-feira, 20 de janeiro, para definir se seguirá o que Estado recomendou na semana passada. Porém, no mesmo dia, a Secretaria de Estado de Saúde e a Sedese devem divulgar novas recomendações, só não se sabe se as ondas serão mantidas ou se haverá flexibilizações na região.

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