Governo cria grupo interministerial para coordenar ações do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial

O governo federal oficializou esta semana a criação de um Grupo de Trabalho (GT) responsável por coordenar e acompanhar a execução do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A medida foi publicada no Diário Oficial da União e estabelece que o grupo atuará por um período de quatro anos, reunindo representantes de 15 órgãos e entidades da administração pública e da área científica e tecnológica.

O objetivo principal do PBIA é posicionar o Brasil como um dos líderes mundiais no desenvolvimento e uso eficiente da inteligência artificial, especialmente em aplicações no setor público. Com um orçamento previsto de R$ 23 bilhões até 2027, o plano busca modernizar a infraestrutura tecnológica nacional, desenvolver soluções com alto poder de processamento e estimular a criação de um ecossistema de inovação baseado em IA.

Ampla articulação entre ministérios e agências de fomento
O GT será coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e contará com a participação de outros órgãos estratégicos, como Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Educação, Ministério das Comunicações, Ministério das Relações Exteriores e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros.

Além dos ministérios, o grupo terá representantes de entidades ligadas à pesquisa, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial também estará envolvida na condução técnica do plano.

Atribuições e metas
Entre as responsabilidades do GT estão o monitoramento da implementação do PBIA, a proposição de ajustes ao plano conforme as demandas que surgirem ao longo do período e a elaboração de relatórios anuais de progresso, que serão apresentados ao Comitê Interministerial para a Transformação Digital (CITDigital).

O grupo também poderá convidar especialistas da sociedade civil, acadêmicos e representantes de instituições públicas e privadas para colaborar nas reuniões, sem direito a voto. Grupos técnicos e interdisciplinares de assessoramento também poderão ser criados para contribuir com ações específicas do plano.

Tecnologia nacional e sustentabilidade
Um dos pontos de destaque do PBIA é a proposta de modernizar o supercomputador do Laboratório Nacional de Computação Científica, com a meta de transformá-lo em um dos cinco mais potentes do mundo, operando com fontes de energia renovável. O plano também prevê o desenvolvimento de processadores nacionais de alto desempenho voltados para aplicações em inteligência artificial.

As áreas de saúde, educação, meio ambiente, comércio, segurança pública e infraestrutura estão entre os setores que devem receber aplicações diretas da IA no setor público, com potencial para transformar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados à população. Com informações da Agência Brasil

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