Casos de exploração sexual de crianças e adolescentes aumentam em Pará de Minas
No dia 18 de maio de 1973 Araceli Cabrera Sanchez Crespo de apenas oito anos foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradição família no Espírito Santo. O crime chocou o Brasil e os dois acusados ficaram presos por pouco tempo após contratarem doze advogados. Apenas da cobertura da mídia na época e o apelo popular, o caso ficou impune e o corpo de Araceli só foi sepultado três anos depois.
A história de Araceli ainda é lembrada anualmente, quando em 2000, através do Projeto de Lei 9970, ficou instituído 18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Em todo o país acontecem mobilizações com o objetivo de convocar a sociedade brasileira para proteger as crianças e adolescentes, com foco na prevenção.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostram que mais de 250 mil crianças e adolescentes são vítimas de exploração sexual no Brasil. Dos 5.561 municípios brasileiros, em 937 ocorre à exploração. A cada 26,7 quilômetros há um ponto vulnerável para o abuso infantil nas estradas, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em Pará de Minas a situação também é preocupante, como afirma Maria Angélica Varela. Ela destaca o aumento de casos de estupro de crianças e adolescente na cidade:
Maria Angélica Varela Franco de Oliveira
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A coordenadora do CREAS ainda denuncia que muitas mães têm medo de denunciar o parceiro que abusa do filho ou filha. Casos como este tem sido registrados na cidade:
Maria Angélica Varela Franco de Oliveira
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Quem quiser denunciar qualquer tipo de exploração com crianças e adolescentes pode ligar no Disque Direitos Humanos, no número 100. O serviço é gratuito e funciona 24 horas por dia.
Pará de Minas também se mobilizou contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Nesta quinta-feira, 16 de maio, foi realizada uma passeata pelas ruas centrais da cidade. Com cartazes, faixas, balões e vestidos de preto, estudantes dos ensinos fundamental, médio e universitário, servidores municipais, usuários do CAPS AD e do CERSAM pediram que todos sejam contra a pedofilia e protejam as crianças e adolescentes.
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