Casos de violência crescem no país, mas em Pará de Minas a preocupação é com quem será responsável pelo idoso

Em todo o país aumentou o número de idosos que sofrem negligência, abandono, abuso, e violências física e psicológica. A pandemia, segundo dados do Disque 100, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, é o principal causador deste crescimento de denúncias. O aumento, segundo o balanço, é de 59% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Nesta terça-feira, 15 de junho, é lembrado o Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, data reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2006, e que serve para alertar toda a população.

A ideia é que neste dia campanhas sejam realizadas para conscientizar as pessoas sobre os abusos e sofrimentos que infelizmente os idosos continuam sofrendo, especialmente dentro de casa, com filhos e netos.

Ao Portal GRNEWS, a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Angélica Varela, que também é presidente do Conselho Municipal dos Diretos do Idoso, explica como funciona o enfrentamento a casos de violência contra os idosos em Pará de Minas:


Angélica Varela

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Segundo a coordenadora, em Pará de Minas não houve aumento da violência contra o idoso em meio à pandemia de Covid-19. Porém, entre os principais problemas enfrentados, está a responsabilidade de quem cuidará do idoso:

Angélica Varela
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Também devido a pandemia do novo coronavírus, o Conselho Municipal do Idoso está com as atividades presenciais, de visitas aos idosos, paralisadas. Afinal, a maioria dos membros está enquadrada no grupo de risco:

Angélica Varela
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Dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos mostram ainda que a violência contra a pessoa idosa é praticada na maioria das vezes por alguém da família como filhos, netos, genros ou noras e sobrinhos. Em pesquisa realizada, esses parentes aparecem em 83% dos casos.

A análise revela ainda que a idosa, branca, com idade entre 76 e 80 anos e ensino fundamental incompleto é a principal vítima da violência. Em comparação, o suspeito da agressão é, também na maioria dos casos, mulher, branca, com idade entre 41 e 60 anos e nível fundamental incompleto.

As denúncias podem ser feitas diretamente pelo Disque 100, nas delegacias ou é possível acionar a Polícia Militar no telefone 190.

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