Comércio mineiro prevê recuperação robusta no segundo semestre de 2025. Empresários mineiros estão otimistas

Uma pesquisa recente da Fecomércio MG aponta um cenário de crescente otimismo entre os comerciantes de Minas Gerais para o segundo semestre de 2025. O estudo, conduzido pelo Núcleo de Estudos Econômicos e de Inteligência & Pesquisa, entrevistou empresas do varejo em todo o estado e revelou que a maioria dos empresários acredita em uma melhora significativa nas vendas, especialmente impulsionada por datas estratégicas como Natal, Dia dos Pais e Black Friday.
Estratégias e expectativas para o período0
Cerca de 74,7% dos participantes da pesquisa esperam um desempenho superior nas vendas em comparação com o primeiro semestre do ano. Esse sentimento positivo é atribuído à sazonalidade do período, a investimentos planejados em marketing e promoções, e a uma expectativa geral de aquecimento do mercado.
A economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, explica que “a percepção de melhora resulta de uma série de fatores, incluindo a adaptação das empresas às novas dinâmicas de consumo, a aposta em táticas de divulgação e a tradição de maior movimento comercial nas datas comemorativas da segunda metade do ano”.
As empresas planejam investir em publicidade e propaganda (51,4%), promoções (34,6%) e atendimento diferenciado (30%) para atrair consumidores. Segundo Gabriela Martins, “esses números indicam uma maior maturidade do setor, que está focando não apenas nos preços, mas também na experiência e no relacionamento com o cliente”.
O Natal é a data mais aguardada por 59% dos empresários, seguido pelo Dia dos Pais (21,1%), Black Friday (17,7%) e Dia das Crianças (16,2%). O cartão de crédito parcelado (48,9%) e o Pix (30%) devem ser as formas de pagamento predominantes.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar do otimismo, alguns desafios persistem. Entre os empresários menos confiantes, os principais obstáculos são o custo elevado dos produtos (32,2%), a competição desleal (13%), a mudança de governo e o cenário econômico nacional (ambos com 13%). Gabriela Martins adverte que “mesmo com a confiança majoritária, é preciso atenção à inflação, ao crédito limitado e ao poder de compra ainda fragilizado de parte da população. Esses elementos podem restringir o crescimento esperado”. Ela conclui que “o comércio precisa, mais do que nunca, combinar planejamento estratégico com agilidade para reagir às mudanças do mercado”.
A pesquisa também aponta que, em comparação com o primeiro semestre de 2024, 36,1% das empresas registraram aumento nas vendas no início de 2025, enquanto 38,8% mantiveram resultados similares ao segundo semestre do ano passado.
Realizado entre 23 e 27 de junho de 2025, o levantamento da Fecomércio MG teve uma amostragem representativa, com margem de erro de 5% e 95% de nível de confiança. Os dados servem como um guia prático para as empresas se prepararem para um dos períodos mais cruciais do ano. “Estamos diante de um semestre que pode consolidar a recuperação econômica do varejo mineiro, desde que os empresários fiquem atentos às oportunidades e às vulnerabilidades do cenário atual”, finaliza Gabriela Martins. As informações são da Assessoria de Comunicação da Fecomércio MG