Brasil repudia taxação dos EUA: Alckmin critica medida de Trump e atuação de clã Bolsonaro
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, classificou nesta quinta-feira (10) a imposição de tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros como um “grande equívoco”. A declaração ocorre após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma taxa de 50% sobre todas as importações provenientes do Brasil. Alckmin expressou sua expectativa de que a medida seja revertida.
Segundo o ministro, os próprios dados estadunidenses demonstram que os EUA mantiveram um superávit comercial significativo com o Brasil no ano passado, totalizando US$ 7 bilhões em bens e US$ 18 bilhões em serviços. Além disso, Alckmin destacou que a maioria dos produtos que os EUA exportam para o Brasil (oito dos dez principais) possui tarifa zero, ou seja, não pagam impostos para entrar no mercado brasileiro. “É um grande equívoco o que foi feito e que entendo que será corrigido”, afirmou Alckmin a jornalistas, no Palácio do Planalto, após participar do lançamento do programa Carro Sustentável.
Acusações de boicote interno e estratégias de resposta do Brasil
Alckmin também teceu duras críticas à família Bolsonaro, acusando-a de difundir desinformação sobre o Brasil ao governo dos EUA e de atuar nos bastidores para que as tarifas comerciais fossem aplicadas. O vice-presidente relembrou a gestão do governo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, que resultou em mais de 700 mil mortes no Brasil, além dos ataques ao meio ambiente e a tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.
“Agora a gente vê que esse clã, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro e contra o povo brasileiro. Antes era atentado à democracia, agora é um atentado à economia, prejudicando as empresas e prejudicando os empregos. Então, [quero] lamentar profundamente uma ação contra o interesse do povo brasileiro”, declarou Alckmin. Com informações da Agência Brasil


