Brasil avança na vacinação e prepara imunização contra a dengue, mas enfrenta o negacionismo

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, expressou confiança na recuperação da cobertura vacinal no país, declarando que “estamos vencendo essa batalha”. Durante sua participação no Programa Bom Dia, Ministro, o ministro afirmou que, desde 2023, a imunização dos 16 itens do calendário obrigatório tem apresentado crescimento. No entanto, ele ressaltou que o negacionismo e a disseminação de notícias falsas sobre vacinas continuam sendo desafios graves para a saúde pública.

Combate à desinformação
Padilha enfatizou que a divulgação de mentiras e a busca por lucros com a desinformação são os maiores obstáculos enfrentados pelos profissionais de saúde. Para combater essa situação, o Ministério da Saúde e a Advocacia-Geral da União (AGU) estão atuando em conjunto com ações judiciais. O alvo dessas ações inclui a divulgação de fake news por parte de médicos e a venda de cursos contra a vacinação.

O ministro prevê que o ano de 2025 será encerrado com uma cobertura vacinal superior à de 2024. No ano passado, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 180% no número de municípios que conseguiram atingir a meta essencial de 95% de imunização para o calendário obrigatório.

Sarampo sob controle
Um sinal positivo na saúde pública é a situação do sarampo no Brasil. Apesar de ter registrado um segundo caso da doença em São Paulo no último sábado (13) — em um homem não vacinado que havia viajado para fora do país —, o Brasil mantém o certificado de país livre da circulação interna do vírus.

Todos os 37 registros de sarampo no país neste ano tiveram origem em outros países, indicando que o Brasil superou a crise de 2019, quando perdeu a certificação ao registrar mais de 21,7 mil casos de pessoas infectadas.

Imunização contra a dengue tem data para começar
Outro ponto de destaque é o plano de combate à dengue. O ministro Padilha anunciou que a vacinação dos profissionais de saúde com a nova vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan (e registrada pela Anvisa no dia 8 de dezembro) deverá ter início até o final de janeiro de 2026.

O processo de imunização dos profissionais continuará ao longo de fevereiro e março, o que é fundamental para que eles estejam protegidos antes da chegada do período de maior criticidade da doença.

No mesmo período, duas cidades — Botucatu (SP) e Maranguape (CE) — serão utilizadas como palco de uma ação de aceleração da vacinação contra a dengue. Este projeto-piloto visa iniciar um plano de imunização mais amplo que será implementado no país, assim que a produção da vacina puder ser escalonada para atender à população total. Estudos sugerem que vacinar 40% de uma população em uma cidade pode ser suficiente para estabelecer o controle da dengue naquela localidade. Com informações da Agência Brasil

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