GRNEWS TV: Pará de Minas em alerta com decreto de emergência e prevenindo o impacto das queimadas na saúde

Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Werner Copatto, Médico de Família e Comunidade, repassou orientações importantes sobre Bronquiolite e outras doenças respiratórias comuns nesta época do ano.

Agravamento de doenças respiratórias
Pará de Minas vive um cenário de emergência em saúde pública devido ao agravamento de doenças respiratórias, especialmente em crianças. Com a proximidade do inverno, a partir de 20 de junho, e o período de seca, a situação pode piorar drasticamente com as queimadas, um problema recorrente que a cidade precisa urgentemente controlar.

O frio, a seca e o controle das queimadas
É inegável que o frio e a baixa umidade do ar, típicos do inverno, favorecem a circulação viral. No entanto, as queimadas são um fator que pode e deve ser controlado. A fumaça e a fuligem geradas pelas queimadas percorrem quilômetros, afetando a saúde respiratória de toda a população, com maior impacto em crianças, idosos e pessoas acamadas. A imprudência de colocar fogo em lotes vagos ou áreas de mata não só descompensa a saúde de indivíduos vulneráveis, exigindo hospitalização, mas também causa danos ambientais irreparáveis, pois a natureza leva anos para se recompor.

A importância da conscientização e da saúde planetária
A conscientização da população é fundamental. O fogo iniciado em um terreno se espalha, e a fumaça atinge a todos. Se o frio é algo que podemos controlar com agasalhos e alimentação adequada, as queimadas são um ato de irresponsabilidade que precisa ser combatido. A visão da saúde planetária nos lembra que somos parte da natureza e que agredir o meio ambiente é agredir a nós mesmos, resultando em adoecimento e sobrecarga do sistema de saúde.

Desafios da saúde pública: leitos de UTI pediátrica
O decreto de emergência em Pará de Minas visa agilizar medidas para lidar com a crise. Um dos maiores desafios é a escassez de leitos de UTI pediátrica. Manter esses leitos é extremamente oneroso, como comprovado pela experiência passada do hospital local, que chegou a construir uma UTI neonatal com verbas de emendas parlamentares, mas precisou devolver os equipamentos ao governo de Minas por falta de demanda sustentável e incapacidade de arcar com os custos de manutenção da equipe e estrutura. A dificuldade de manter tais estruturas, apesar de necessária em momentos de crise, é um reflexo do alto custo da saúde de alta complexidade.

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