Presidente da Câmara critica falta de fiscalização em obra financiada com recurso da multa da Vale na comunidade de Meireles
Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal, realizada ontem, 2 de dezembro, o presidente da Mesa Diretora, Délio Alves Ferreira, fez um pronunciamento firme sobre a ausência de fiscalização nas obras executadas na comunidade rural de Meireles, custeadas com parte da multa paga pela mineradora Vale. Segundo ele, a situação acende um alerta sobre o uso do dinheiro público e a responsabilidade das instituições envolvidas.
O acordo firmado ainda na gestão passada destinou R$ 1,5 milhão para melhorias em Meireles e mais R$ 8,5 milhões para obras na área urbana de Pará de Minas, valores provenientes da multa total de R$ 10 milhões aplicada à Vale pelo atraso na entrega da adutora do Rio Pará. O presidente destacou, porém, que o relatório apresentado na sessão indica sérios problemas na execução do campo de futebol construído com essa verba.
Obra entregue sem condições de uso gera indignação
Segundo Délio, o campo de futebol entregue à comunidade não oferece condições adequadas para prática esportiva. Ele citou que, conforme informações recebidas, o local já apresenta problemas estruturais, especialmente por ter sido construído sobre um aterro, o que comprometeria sua durabilidade e segurança.
Presidente assume falha e inclui vereadores na responsabilidade
Em um tom de autocrítica, Délio reconheceu que a fiscalização não foi realizada como deveria — nem pela comissão local presidida por representantes da comunidade, nem pelo responsável pelo acompanhamento do acordo, nem pelos próprios vereadores:

Délio Alves Ferreira
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Conflito entre comunidade e Prefeitura
A falta de fiscalização reacende o clima de tensão existente desde a gestão anterior, quando representantes de Meireles e a Prefeitura divergiram sobre prioridades, execução das obras e aplicação dos recursos. Para Délio, o momento exige novas medidas e mais clareza na condução do processo.
Requerimentos por mais informações devem orientar próximos passos
O presidente informou que já apresentou requerimentos solicitando documentos detalhados sobre a execução da obra e o uso do recurso oriundo da multa da Vale. Délio reforçou que a Casa tem o dever de cobrar, acompanhar e garantir que cada centavo investido seja aplicado de forma correta e transparente.
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