Armadilhas para capturar Aedes aegypti serão instaladas em residências de Pará de Minas

O Município de Pará de Minas foi escolhido entre 853 municípios mineiros para o desenvolvimento de um projeto do Ministério da Saúde, Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e custeado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O objetivo é avaliar novos métodos de vigilância e controle do Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da Dengue, Zika e Febre Chikungunya.

O estudo vai durar em média 15 meses e profissionais dos três órgãos estarão frequentemente no município para coletar dados e analisar os números.

Neste mês de outubro, serão analisados os locais com maior índice de infestação e um cronograma será criado para que os agentes de combate a endemias possam começar o trabalho em novembro. A partir do próximo mês serão colocadas as chamadas armadilhas.

Na residência em que for encontrada a larva será aplicado o Aero System, um inseticida que mata todos os mosquitos. Nas casas definidas por meio de um programa, serão instaladas as armadilhas BG GAT. A ferramenta captura em massa as fêmeas do mosquito e são elas que ajudarão os humanos a combater o Aedes aegypti e o Aedes albopictus.

Ima Braga é especialista quando se trata em Aedes aegypti: ela é pesquisadora e presidente da Rede Latino-americana de Controle de Vetores (RELCOV) e está em Pará de Minas para o estudo.

Explica que os equipamentos utilizados no estudo são aprovados pelo Ministério da Saúde e na cidade eles serão testados para saber sua eficácia:

Ima Braga
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Uma das armadilhas é a In2Care, uma espécie de vaso feito de plástico onde é colocada água e um odor específico para atrair os mosquitos que estão em época de postura de ovos. Já dentro desta armadilha, o Aedes se contamina com um larvicida e um fungo. Ao sair, transportam o produto contaminando vários locais de reprodução.

Outro produto que será utilizado pelos agentes nas visitas é uma espécie de ralinho, que é colocado na caixa d’água e dura em média seis meses liberando inseticida. Não faz mal à saúde humana e combate os mosquitos. Além deste, há um comprimido que também é colocado nas caixas liberando o produto, porém dura menos tempo, em média dois meses.

Todo o estudo e análise que já começaram não tiram a responsabilidade da população que deve continuar eliminando os criadouros do mosquito:

Ima Braga
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Dionísio Pacceli é referência técnica da Coordenação Estadual de Doenças Transmitidas pelo Aedes aegytpi e é parte do estudo. Ele explica a razão pela qual Pará de Minas foi escolhida para sediar o projeto:

Dionísio Pacceli
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Além de treinar os agentes que já atuam na cidade pois são eles quem irão instalar os equipamentos e aplicar os inseticidas, o município criou também um laboratório para os pesquisadores. No Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) uma sala foi readaptada para que todos os ovos capturados possam ser analisados.

Os agentes começarão os trabalhos de implantação no próximo mês e é importante que os moradores das 1.200 residências que forem selecionadas, recebem os profissionais como frisa o gerente de combate a endemias Adailton Antônio Moreira:

Adailton Antônio Moreira
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Dados atualizados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que Pará de Minas confirmou até agora 2.844 casos de Dengue e um óbito. Nenhum caso de Zika vírus ou Febre Chikungunya foi confirmado em 2019.

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