GRNEWS TV: Presidente do CBH Pará avalia avanços e desafios debatidos na COP 30 e destaca necessidade de agir agora para preservar o Rio Pará
Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, biólogo José Hermano Oliveira Franco, presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Pará (CBH Pará), analisou sua participação na COP 30, realizada em Belém e outros temas.
Avaliação da conferência e avanços globais
Ele destacou a dificuldade de alcançar consenso em temas globais, como combustíveis fósseis, mas lembrou que, desde a Eco 92, houve progresso na contenção do aquecimento global. O que antes poderia chegar a 5 °C ou 6 °C hoje gira em torno de 2,5 °C, resultado de pactos e ajustes climáticos ao longo de três décadas.
Pacote de Belém e metas brasileiras
José Hermano comentou o chamado Pacote de Belém, assinado por 195 países, e citou que o compromisso central segue sendo limitar o aquecimento a 1,5 °C. Ele reforçou que metas e ações do Brasil para redução de emissões até 2035 fazem parte de um “mapa do caminho” que ainda exige debates e decisões difíceis, especialmente na transição dos combustíveis fósseis.
Mercado de carbono e economia circular
Segundo o biólogo, pequenos produtores já começam a acessar créditos de carbono, enquanto empresas ampliam investimentos em reciclagem. A indústria cervejeira, por exemplo, recicla 97% das latas de alumínio e 81% do vidro, buscando índices ainda maiores. Ele citou o avanço das startups ligadas ao uso de bioinsumos e lembrou que Pará de Minas possui uma biofábrica que despertou interesse de investidores.
Mudanças climáticas e impacto no SUS
José Hermano também mencionou o investimento federal de R$ 9,8 bilhões no Adapta SUS, que busca preparar hospitais para eventos climáticos extremos. Citou alerta do Ministério da Saúde: um em cada dois hospitais no mundo já interrompeu atividades por causas climáticas, o que reforça a necessidade de projetos municipais para acessar recursos disponíveis.
Situação crítica do Rio Pará
Questionado sobre o Rio Pará, classificou o cenário como preocupante. Em períodos de seca, o fundo do rio chega a ficar exposto. Ele defendeu investimentos urgentes em mananciais e produção de água, lembrando que Pará de Minas precisou mudar sua captação do Rio Paraopeba, após o desastre de Brumadinho e hoje a cidade depende da água do Rio Pará, a 42 km da cidade.
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