Planos de saúde terão que cobrir novos medicamentos para lúpus

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a inclusão de dois medicamentos para lúpus no rol de procedimentos de cobertura obrigatória para beneficiários de planos de saúde. A medida, que passa a valer em 3 de novembro, é a primeira a incluir remédios para o tratamento exclusivo da doença e deve beneficiar cerca de 2 mil pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) que têm casos frequentes da doença.

Avanço no tratamento e acesso
Os medicamentos anifrolumabe e belimumabe são indicados para pacientes que não obtiveram controle da doença com a terapia padrão. A decisão foi comemorada pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que participou ativamente das discussões. O reumatologista Odirlei Andre Monticielo, da SBR, celebrou a inclusão, destacando que os remédios têm eficácia comprovada na redução da atividade da doença e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Segundo o diretor-presidente da ANS, Wadih Damous, a inclusão é significativa porque o lúpus é uma doença crônica e sem cura, e a disponibilidade de tratamentos que ajudam a controlar os sintomas é crucial para os pacientes. O próximo passo da SBR é buscar o acesso a esses medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de reduzir a desigualdade de acesso entre quem tem plano de saúde e quem não tem.

O que é o lúpus?
O lúpus é uma doença autoimune crônica que causa inflamações e pode danificar tecidos e órgãos. Ele afeta principalmente mulheres jovens, entre 20 e 45 anos, e é mais comum em negros. Seus sintomas incluem dores e inchaço nas articulações, além de manchas na pele.

A artesã Regiane Araújo Pacheco, de 40 anos, tem a doença e relatou sua jornada até o diagnóstico. Após anos de dores intensas e sem um diagnóstico preciso, ela descobriu que tinha lúpus em 2009. Em 2016, Regiane começou a usar o belimumabe em um protocolo de pesquisa e, para ela, o tratamento foi um “divisor de águas”, aliviando a dor e melhorando sua qualidade de vida. No Brasil, estima-se que entre 150 mil e 300 mil pessoas convivam com o lúpus. Com informações da Agência Brasil

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