Forças Armadas cumprirão veredito do STF sobre golpe, diz ministro da Defesa

O ministro da Defesa, José Múcio, assegurou nesta sexta-feira que as Forças Armadas vão respeitar a decisão da Justiça em relação à tentativa de golpe de Estado. A declaração foi feita após o início do julgamento de ex-oficiais e do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por seu suposto envolvimento no caso.

Posicionamento e prioridades
Múcio enfatizou que a missão das Forças Armadas é servir ao país, separando-se das questões políticas e judiciais. “Estamos serenos e aguardando o veredito da Justiça, que será cumprido”, disse o ministro, reforçando a postura de acatamento.

Ainda, Múcio informou que o tema do julgamento não foi discutido na reunião que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército, na qual trataram, entre outros assuntos, do desfile de 7 de setembro.

Anistia e confronto entre poderes
Questionado sobre um projeto de anistia defendido por alguns parlamentares, o ministro da Defesa demonstrou cautela. Ele disse não conhecer o texto da proposta e ressaltou que uma disputa de poder não é benéfica para a nação. “Acho que essa queda de braço não serve ao país. Nós estamos na hora que a gente tem que juntar todo mundo para construir esse país”, afirmou.

O julgamento no STF
O julgamento do núcleo principal da trama golpista, que, segundo a acusação, tentou anular a eleição de 2022, começou nesta semana no STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de liderar o esquema, que incluía planos para assassinar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e outras autoridades.

Além do ex-presidente, outros sete aliados serão julgados, incluindo figuras proeminentes como o general Augusto Heleno, o almirante Almir Garnier e o general Braga Netto. Todos os acusados negam as alegações. Com informações da Agência Brasil

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