Comércio em expansão: Brasil e México abrem mercados para produtos agrícolas
O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin concluiu uma visita oficial ao México com um balanço positivo. Um dos principais resultados foi a abertura de novos mercados para produtos agrícolas de ambos os países. A missão, que terminou ontem (28), na Cidade do México, teve como ponto alto o encontro de Alckmin com a presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum.
Ampliação das negociações
A audiência com a presidenta foi descrita como “muito proveitosa”, na qual foram discutidos temas como a cooperação multilateral, a democracia, a inclusão social e o combate à fome. Além disso, Alckmin aproveitou para convidar a presidenta para a COP30, que acontecerá em novembro, em Belém.
Brasil e México, as duas maiores economias da América Latina, buscam ampliar o comércio bilateral, que já alcançou a marca de US$ 13,6 bilhões em 2024. Acompanhado por empresários e pelos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Simone Tebet (Planejamento), o vice-presidente anunciou acordos para a liberação de novos produtos.
O Brasil abrirá o mercado para a importação de aspargos, pêssegos e derivados de atum, enquanto o México passará a importar farinha de ração animal para bovinos e suínos produzida no Brasil.
Acordos e parcerias estratégicas
O governo brasileiro também pediu que o México mantenha os incentivos do Pacote contra a Inflação e a Escassez (Pacic), que facilita a importação de alimentos. Alckmin ressaltou que o México é o segundo maior comprador de carne bovina brasileira e que o Brasil se comprometeu a cumprir os requisitos de rastreabilidade do produto para que a venda não seja interrompida.
Além disso, as negociações avançaram para a atualização do Acordo de Complementação Econômica nº 53, assinado em 2002, que visa à redução de tarifas de importação. Acordos nas áreas de vigilância sanitária, para aprovação de novos medicamentos, e de pesquisa sobre arboviroses, com troca de experiências no desenvolvimento de vacinas, como a da dengue, também foram assinados.
Outro ponto de destaque da missão foi o avanço dos negócios da Embraer no México. A empresa brasileira fechou a venda de 20 aeronaves dos modelos E190 e E195 para a companhia aérea estatal Mexicana de Aviación. Alckmin também ofereceu a venda de aeronaves militares, como o cargueiro KC-390, com capacidade de transportar até 26 toneladas. Com informações da Agência Brasil


