MG alerta para a prevenção de doenças diarreicas e infecções por água e alimentos

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está reforçando a importância da higiene básica como a principal linha de defesa contra as Doenças Diarreicas Agudas (DDA) e as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA). Um trabalho conjunto entre a Vigilância Epidemiológica e a Atenção Primária à Saúde é fundamental para proteger a população, com as equipes de saúde desempenhando um papel que vai além do tratamento, incluindo a promoção da saúde, análise de risco e resposta rápida a possíveis surtos.

João Pedro Evangelista, referência técnica da SES-MG no Programa de Vigilância das DDA e DTHA, enfatiza a simplicidade e eficácia das medidas preventivas. “As medidas mais simples são as mais eficazes. Lavar bem as mãos, consumir água tratada, cozinhar adequadamente os alimentos, armazená-los na temperatura correta e higienizar frutas e verduras fazem toda a diferença para evitar essas doenças”, explica.

Entendendo e combatendo as doenças
As Doenças Diarreicas Agudas (DDA) são causadas por vírus, bactérias ou parasitas, manifestando-se com aumento na frequência de evacuações (geralmente mais de três vezes ao dia), com fezes líquidas ou pastosas, e duração de até 14 dias. A principal preocupação recai sobre crianças menores de 5 anos e idosos acima de 60, devido ao maior risco de desidratação. Em 2025, Minas Gerais já registrou 386.447 casos de DDA nas unidades de saúde monitoradas. Em 2024, foram notificados 822.036 casos.

Já as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) resultam da ingestão de água ou alimentos contaminados por microrganismos ou toxinas. Crianças, gestantes, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido demandam atenção especial. Esses tipos de doenças são mais comuns em áreas com deficiências na produção e conservação de alimentos, e os surtos tendem a ocorrer em locais populosos ou onde há precariedade na preparação de alimentos e no acesso à água potável. Em 2023, foram registrados 1.667 casos de DTHA, número que saltou para 5.823 casos em 2024, até o momento.

Cuidados, tratamento e estratégias da SES-MG
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para essas condições, com atendimento disponível em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais. A hidratação com água, sucos, chás e o uso do soro de reidratação oral (SRO) são cruciais. Em casos mais severos, a internação para reposição intravenosa de líquidos e tratamento de complicações pode ser necessária.

João Pedro Evangelista alerta para a importância de estar atento aos sinais de perigo: “É preciso oferecer líquidos com frequência e estar atento a sinais como boca seca, sonolência, tontura e olhos fundos. Ao menor agravamento dos sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde”.

A SES-MG colabora com os municípios em ações de prevenção e promoção da saúde, priorizando capacitações, apoio técnico e distribuição de materiais informativos. Essa estratégia é reforçada em regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica, como os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, o Norte de Minas, o Triângulo Mineiro e a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O estado também orienta os municípios sobre os protocolos de manejo clínico, coleta de amostras e notificação de casos. A notificação é uma ferramenta essencial para identificar surtos, investigar fontes de contaminação, implementar medidas de controle e formular políticas públicas de saúde mais eficazes. Com informações da Agência Minas

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