Geração Z é a mais rica, mas também a que mais gasta

Uma análise global sugere que a Geração Z, composta por jovens entre 18 e 29 anos, se tornará a mais abastada do mundo em uma década, com uma renda projetada de US$ 40 trilhões até 2040. No entanto, essa prosperidade esperada é acompanhada por um hábito de consumo elevado, o que acende um alerta para o futuro financeiro desses jovens.

Contradições na percepção financeira e os desafios dos gastos essenciais
Embora um estudo internacional do Bank of America aponte que a Geração Z se sente em pior situação financeira que seus pais na mesma idade, uma pesquisa nacional da Serasa e Opinion Box revela uma percepção diferente entre os jovens brasileiros: 67% deles acreditam estar em melhor situação financeira do que seus pais na mesma fase da vida.

Apesar dessa diferença na autopercepção, ambos os estudos convergem em um ponto crucial: os altos custos com despesas básicas. A Geração Z enfrenta aluguéis e serviços essenciais mais caros em comparação com outras faixas etárias. No Brasil, 69% dos jovens afirmam que a maior parte de sua renda é direcionada para cobrir esses custos básicos.

Poupança em xeque e o risco da inadimplência
Apesar do desejo de poupar para grandes objetivos como a compra de um imóvel ou carro – um objetivo de 51% dos jovens brasileiros, segundo a Serasa –, o estudo do Bank of America indica que as reservas financeiras dessa geração mal cobrem um mês de despesas essenciais. Essa realidade pode empurrar rapidamente muitos jovens para a inadimplência.

Túlio Matos, CEO da iCred, alerta para o impacto da inadimplência na economia como um todo. Ele explica que o endividamento massivo de grande parte da população economicamente ativa afeta diretamente o comércio e os serviços, resultando em menor volume de vendas, cortes de contratações e, consequentemente, desaceleração econômica. Com a Geração Z prestes a compor metade da força de trabalho, o problema pode se agravar e frear o crescimento do país.

A importância da educação financeira
Matos ressalta que a falta de educação financeira é um dos fatores que contribuem para esse cenário. Um levantamento da Serasa aponta que apenas 10% dos jovens tiveram acesso significativo a orientações financeiras em casa. Ele enfatiza que o crédito, quando necessário, deve ser visto como uma ferramenta para reorganização financeira e planejamento futuro, e não como uma solução imediata sem critério.

Dicas para organizar as finanças e planejar o futuro
Para auxiliar a Geração Z e quem mais busca saúde financeira, Túlio Matos oferece algumas dicas práticas:
Controle seus gastos: registre todas as despesas, tanto fixas quanto eventuais, incluindo imprevistos como consultas médicas ou veterinárias.
Analise renda e despesas: avalie se sua receita é compatível com os gastos. Se não for, identifique onde é possível cortar despesas, inclusive as básicas, buscando alternativas mais econômicas e eliminando compras desnecessárias.
Prepare-se para emergências: crie uma reserva financeira para imprevistos. Se não for possível, considere um empréstimo consignado com cautela e dentro de sua capacidade de pagamento.
Pense no longo prazo: para compras de grande valor ou a construção de um patrimônio, comece a poupar o quanto antes. A recomendação é destinar 20% da renda, mas qualquer valor, mesmo que pequeno, é um bom começo, desde que a constância seja mantida. As informações são da Assessoria de Comunicação da iCred

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