Epamig testa variedades de café para otimizar plantio em MG

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em colaboração com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café), está liderando um projeto essencial para os cafeicultores mineiros. A iniciativa, denominada “Validação de cultivares de cafeeiros e transferência de tecnologias para as regiões cafeeiras de Minas Gerais”, tem como objetivo principal auxiliar os produtores na escolha das cultivares de café mais adequadas às características de solo e clima de suas propriedades.

Atualmente, 16 variedades de café, reconhecidas por seu elevado potencial produtivo e resistência a pragas como a ferrugem e nematoides, estão sendo avaliadas em todas as nove regiões cafeeiras de Minas Gerais. São elas: Sul, Sudoeste, Oeste, Noroeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Jequitinhonha, Norte e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba.

“Com o apoio de instituições e cooperativas, selecionamos fazendas para implantar as unidades demonstrativas. O plantio começou em 2021, e em 2024, fizemos a primeira colheita”, explica Gladyston Carvalho, pesquisador da Epamig.

O projeto é dinâmico, buscando a contínua inserção de novas cultivares. “A cada dois anos, removemos as cultivares com baixo desempenho e adicionamos outras com grande potencial produtivo”, complementa Carvalho.

Para disseminar os resultados, a Epamig organiza encontros técnicos e dias de campo nas principais regiões envolvidas. Em 2025, esses eventos reuniram cerca de 1.500 participantes.

“Escolhemos uma propriedade em cada região para sediar os dias de campo. Apresentamos o desempenho das cultivares em geral, fazemos uma análise específica para a realidade local e visitamos as lavouras, o que ajuda os produtores a selecionarem as variedades mais apropriadas para suas condições”, destaca o pesquisador.

Produtores rurais se beneficiam do apoio da pesquisa
Sérgio Meireles, proprietário da Fazenda Alvorada, em Aricanduva (MG), é parceiro da Epamig desde 2008. A parceria começou com a implantação de uma unidade demonstrativa em sua propriedade, que hoje serve de referência para pesquisas com cultivares de café.

“Atualmente, 70% da minha plantação é formada por cultivares da Epamig, com destaque para a MGS Aranãs. Acredito que a combinação de paixão e pesquisa impulsionou minha produtividade e possibilitou a produção de cafés especiais”, afirma Sérgio.

Ele também ressalta a relevância dos dias de campo e reforça que sua fazenda está sempre aberta a pesquisas voltadas para produtividade, resistência e qualidade.

Projeto se expande para novas fronteiras
A Epamig também está preparando o lançamento de uma nova fase do projeto, focada nas regiões do Vale do Jequitinhonha (Médio e Baixo Jequitinhonha), Vale do Mucuri e Norte de Minas. O objetivo é estabelecer unidades demonstrativas em áreas que ainda recebem pouca atenção e identificar novas necessidades regionais.

“Vamos levar cultivares de café arábica e canéfora, demonstrando a viabilidade da produção mesmo diante dos desafios das mudanças climáticas. Um diferencial desta etapa é que, além do café, também serão incluídas a fruticultura, a forragicultura e a mandiocultura”, explica Jefferson de Oliveira, pesquisador da Epamig.

A implementação dessas novas áreas está prevista para o segundo semestre de 2025. Com informações da Agência Minas

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