Vacinação em dia contra a gripe e a Covid-19 previne complicações decorrentes de síndromes respiratórias agudas graves

A vacinação permanece como a estratégia mais eficaz para prevenir complicações decorrentes de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), como a influenza e a covid-19. Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) revelam que, entre 2023 e 2025, a maioria dos óbitos por essas enfermidades foi registrada entre indivíduos com o esquema vacinal desatualizado ou incompleto.

Imunização: um ato de cuidado que salva vidas
Fábio Baccheretti, secretário de Estado de Saúde, enfatiza que a vacinação em dia é crucial para evitar o agravamento de casos e novas mortes, especialmente entre os grupos mais suscetíveis, como crianças e idosos. Ele aponta que o aumento dos casos de doenças respiratórias pediátricas em 2024 e 2025, com a maioria dos óbitos em não vacinados, prova a eficácia da imunização.

A imunização, que é segura e de fácil acesso, está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em vacimóveis que percorrem o estado. Estatísticas mostram que 83,9% das mortes por influenza ocorreram em pessoas com vacinação anterior à temporada ou esquema incompleto, e 11,9% em não vacinados. Para a covid-19, 75,7% dos óbitos foram de indivíduos com vacinação atrasada ou incompleta, e 8,3% entre aqueles sem vacinação. As mortes se concentram principalmente em crianças de 0 a 9 anos e idosos com mais de 60 anos.

Baccheretti ressalta que Minas Gerais possui capacidade para vacinar toda a população e que o estado solicitará mais doses ao Ministério da Saúde, se necessário. Manter o cartão de vacina em dia é um gesto de cuidado individual e coletivo.

Reforço na rede hospitalar para o período de sazonalidade
Além da campanha de vacinação, o Governo de Minas reforçou a rede hospitalar para o período de maior circulação de vírus respiratórios. Foram abertos 54 novos leitos, incluindo dez de UTI pediátrica no Hospital João XXIII; dez de UTI neonatal, dez de UTI adulto e dez de enfermaria no Hospital Júlia Kubitschek; e dez leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) e quatro de UTI neonatal na Maternidade Odete Valadares. O Hospital Eduardo de Menezes abriu mais quatro leitos de enfermaria adulto, totalizando 58 novos leitos estaduais. Mais seis leitos serão disponibilizados nos próximos dias.

O secretário reforça que essa ampliação é resultado de um esforço conjunto entre a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Secretaria de Saúde, visando garantir assistência a todos os pacientes graves durante o período de sazonalidade das doenças respiratórias.

A campanha de vacinação contra a influenza teve início em 7 de abril e foi estendida para todas as pessoas a partir de seis meses de idade em 28 de abril. Até 6 de junho, 4.826.250 doses foram aplicadas, atingindo uma cobertura de 41,89% no público prioritário. Este grupo inclui crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, idosos com 60 anos ou mais, pessoas com doenças crônicas, povos indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, professores, pessoas em situação de rua e profissionais dos Correios. A vacina protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B, que são as principais causas de formas graves da doença, reduzindo internações e complicações como a SRAG.

Baccheretti conclui reforçando que a população pode se imunizar nas UBS, em unidades móveis e vacimóveis, destacando a vacinação como um cuidado urgente e necessário, com responsabilidade individual e coletiva para superar mais um período de sazonalidade. Com informações da Agência Minas

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