Acesso à mecanização impulsiona a agricultura familiar no Norte e Nordeste de Minas

Pequenos agricultores de diversas cidades do Norte e Nordeste de Minas Gerais estão colhendo os frutos de uma importante iniciativa do Governo de Minas. Por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), prefeituras municipais receberam tratores, plantadeiras, grades aradoras, carretas, roçadeiras e retroescavadeiras, que estão revolucionando a produção no campo.

A mecanização tem permitido aos produtores reduzir custos, ganhar tempo nas etapas do plantio e da colheita e, consequentemente, aumentar sua renda e melhorar a qualidade de vida. Só em 2023, foram entregues 88 equipamentos, e neste ano mais cinco máquinas já foram destinadas às prefeituras parceiras.

“O custo para adquirir ou até alugar esses equipamentos é muito alto para os pequenos produtores. Por isso, essa entrega muda a realidade de muitas famílias”, explica Henrique Oliveira Carvalho, diretor-geral do Idene. “Um único trator tem o poder de transformar a vida de vários agricultores, promovendo mais produção e geração de renda”, completa.
Bonito de Minas: semeadura 50 vezes mais rápida

No município de Bonito de Minas, no Norte do estado, uma plantadeira doada pelo Idene tem feito toda a diferença na vida dos produtores. A ferramenta substitui a tradicional matraca, usada manualmente, e multiplica a eficiência do plantio.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, Silvaney Santos, uma atividade que antes levava 50 dias para ser concluída, agora é realizada em apenas um dia. “Além de plantar, a plantadeira também faz a adubação, o que facilita muito o trabalho no campo”, destaca.

Peçanha: avanço na produtividade e na renda
No Vale do Rio Doce, a cidade de Peçanha também celebra os resultados da mecanização. Desde fevereiro deste ano, o trator entregue pelo Idene já beneficiou 56 produtores em 27 comunidades rurais. Antes, para preparar o solo, o agricultor dependia da força de animais e gastava até quatro dias no serviço. Agora, o mesmo trabalho é realizado em apenas três horas.

O trator também tem sido essencial para tarefas como a colheita e a produção de forragem, fundamental para criadores de gado leiteiro e de corte. A vice-prefeita Aline Maria França ressalta que o impacto vai além da produção comercial, beneficiando também programas municipais como a merenda escolar, que utiliza alimentos da agricultura familiar.

Para a produtora rural Geralda Aparecida Cota, conhecida como Tide, que vive na comunidade de Córrego dos Cotas, a economia gerada é enorme. “Já cheguei a pagar R$250 por apenas uma hora de trator alugado. Agora, ter esse equipamento disponível muda tudo. Ajuda demais”, afirma.
Mathias Lobato: o fim da enxada

Em Mathias Lobato, também no Vale do Rio Doce, os efeitos da chegada do trator, há cerca de três anos, são visíveis. O secretário municipal de Infraestrutura, Evaldo Souza, destaca que o valor para alugar um trator, em média R$200 por hora, era uma barreira para os agricultores locais.

Hoje, a realidade é outra. Enir Vieira, que mora no Assentamento Maria da Penha, onde vivem 26 famílias, conta que antes a produção era limitada, pois tudo era feito manualmente, com enxada. “Agora, com o trator, conseguimos limpar e preparar a terra de forma muito mais rápida e eficiente. A produção cresceu e a qualidade de vida também”, comemora. Com informações da Agência Minas

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