Especialistas projetam crescimento de 10% nas vendas pelo e-commerce na Black Friday 2024
A Black Friday de 2024 promete movimentar o e-commerce brasileiro. De acordo com pesquisa da Opinion Box, realizada em abril, 55% dos consumidores planejam comprar na data. E esse número ainda pode aumentar, visto que 35% dos indecisos costumam definir suas compras entre três meses e algumas semanas antes do evento. Economia aquecida, tecnologia de ponta nas plataformas e promoções são ações que devem se confirmar neste período.
Jessica Fragoso, gerente de marketing da Uappi, empresa especializada em e-commerce e soluções tecnológicas, traz um panorama para que as empresas consigam obter melhores resultados. Conforme a especialista, é um ano em que as integrações com a inteligência artificial e ações tecnológicas estarão em alta na data promocional. “Ferramentas como chatbot de atendimento de cliente, otimização de processo e vitrines digitais podem fazer a diferença e ajudar no processo de fechamento de venda junto ao consumidor”, destaca. Entre as novidades para o Black Friday de 2024, estão os provadores virtuais para peças de moda e o uso de instrumentos de realidade virtual e aumentada. “Isso possibilita que a pessoa consiga ver o tom da base mais próximo da sua pele, se o produto for maquiagem. Ou seja, são formas de preparar o seu e-commerce tecnologicamente para oferecer a melhor experiência na escolha durante a Black Friday”, ressalta.
É conveniente que os lojistas também façam o dever de casa, que significa apresentar ofertas exclusivas e que possam gerar engajamento, criando um ambiente favorável para que este consumidor retorne e vire cliente. “Por mais que a gente esteja vivendo num momento de tecnologia e inovação, o básico bem feito ainda continua sendo fundamental”, frisa.
Expectativas de vendas
Em relação aos números para 2024, a projeção é de que haja um aumento de cerca de 10% nas vendas em e-commerce, em comparação a 2023, o que é um acréscimo bem expressivo, considerando que o ano anterior a queda foi de cerca de 2,5%, segundo Jessica. “Há dois motivos que exercem influência, o primeiro é que a economia está um pouco mais acelerada. É possível notar quando comparamos os números de vendas no e-commerce no primeiro semestre de 2024 em relação a 2023. Em segundo, é que a data esse ano é no dia 29 de novembro, na última semana do mês, onde a maior parte da população já recebeu o adiantamento do 13º salário e esse incremento de valor pode aumentar o poder de capital do consumidor com tendência a acelerar as compras”, explica. O fato de que a data é próxima ao Natal, também pode ser um incentivo para que os clientes antecipem as compras de presentes, podendo impactar positivamente os números da Black Friday.
Evite erros comuns neste período
Conforme explica Jessica, neste período as empresas por mais preparadas que estejam, ainda correm o risco de cometer alguns erros por conta da demanda. E por isso, é preciso ficar atento. “Entender se o estoque está compatível ou não com as ofertas realizadas e se o site está preparado para o aumento de tráfego, são iniciativas importantes. Além disso, é recomendado contar com tecnologias que ajudem a fazer a gestão do estoque para não ter nenhum tipo de venda de produtos sem reposição. Outro ponto, são as ofertas da data. A Black Friday é acompanhada por um estigma de ser ‘Black fraude’, o que deixa muito consumidor desconfiado, então é fundamental dar clareza real da porcentagem que o lojista está dando de desconto”, ressalta.
A data tende a aumentar muito o tráfego dos sites com picos que podem gerar algum tipo de lentidão ou dificuldade na hora de fechar compra. Com isso, alguns fatores como geração de custos e outros contratempos podem ocorrer. Portanto, a recomendação é ter parceiros que entendam de tecnologia e possuam uma infraestrutura robusta para sua plataforma de e-commerce, de pagamento e todo o ecossistema.
Foco na experiência de compra
O primeiro ponto é ter claro que o consumidor que está querendo comprar na Black Friday, busca ofertas, condições especiais e preço baixo. “Uma boa opção para o lojista que não pretende fazer grandes descontos no estoque inteiro é ter produtos iscas, que chamem a atenção e estejam com preços compatíveis com os descontos de uma Black Friday”, orienta Jessica. Outra aposta é oferecer algo a mais, como um brinde, frete grátis ou um cupom. Isso faz com que o cliente tenha a percepção que tem benefícios maiores comprando com sua marca/loja.
É seguro? Posso confiar?
Existem dicas fundamentais para não cair em golpes neste período de promoções. Segundo Jessica, o consumidor precisa buscar confirmar a veracidade do site, se é um link seguro e se possui selos que comprovem a lisura da empresa. “Nestas situações vale a pena conferir mais de uma vez se a segurança da compra é viável. O próprio Google mostra avisos no endereço eletrônico, em caso de site suspeito. Também é importante pesquisar as redes sociais da marca para entender se ela existe realmente. Outra opção é buscar sites como o Reclame Aqui para conhecer mais sobre a empresa. Por fim, sempre desconfiar de ofertas muito acima de 80 ou 90% de desconto”, conclui. As informações são da Assessoria de Comunicação da Uappi.