Plantas Alimentícias não Convencionais serão tema de encontro em Sete Lagoas e Prudente de Morais

Taioba, ora-pro-nobis, peixinho e azedinha são alguns exemplos das chamadas Plantas Alimentícias não Convencionais (Panc). Elas são classificadas dessa forma por serem de consumo regionalizado e não terem uma cadeia produtiva. Apesar disso, essas hortaliças configuram-se como excelentes ingredientes para uma culinária diferenciada e rica em sabores e nutrientes.

As inovações e avanços nas técnicas de cultivo das Pancs, além de estudos sobre o valor nutricional, seus diversos potenciais de uso e sua importância para a segurança alimentar e nutricional serão algumas das abordagens do 8º Encontro Nacional de Hortaliças não Convencionais (Hortpanc), que será realizado, em 2025, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Embrapa.

O evento será entre os dias 1º e 3 de julho de 2025 em Sete Lagoas e Prudente de Morais, e contará com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e das universidades federais de São João del Rei (UFSJ), de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV).

Para as pesquisadoras da Epámig Izabel Cristina Santos e Marinalva Woods, coordenadoras do 8º Hortpanc, o evento congrega o saber popular e o acadêmico.

“Essa edição será uma oportunidade de dar visibilidade à culinária mineira, mostrando o quanto Minas Gerais cultiva e consome essas hortaliças, que são na verdade alimentos ancestrais, e que se mantém como tradição em diversas regiões do estado, cada uma com sua forma de uso e preparo”, registra Izabel.

“Entendo que o Hortpanc é de extrema importância para o trabalho que viemos realizando com as Panc em Minas, desde a instalação de bancos de multiplicação em unidades de pesquisa da Epamig até os bancos comunitários implantados pela Emater-MG. Foi uma ação importante para um avanço considerável no consumo e também para os trabalhos técnico-científicos em olericultura. É um reconhecimento sermos escolhidos para conduzir essa edição”, afirma Marinalva.

O coordenador técnico de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Soares, afirma que “nesta edição do Hortpanc teremos a oportunidade de discutir sobre os 17 anos de trabalho em Minas Gerais com as hortaliças não convencionais, que contaram com os esforços das instituições e produtores. A comissão organizadora está trabalhando para proporcionar aos participantes discussões que possam, cada vez mais, popularizar o cultivo e consumo dessas hortaliças”.

Itinerância e parceria
Idealizado pela Embrapa, o Hortpanc é realizado de forma itinerante e com coordenação rotativa.

“Já podemos perceber quão rico será o evento trazendo os sabores e saberes tradicionais das comidas das Gerais”, diz o curador do evento, o pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa Hortaliças (DF).

Em edições anteriores o Hortpanc já passou por cidades como Brasília, São Paulo, Curitiba, Campinas, Jundiaí e São Lourenço do Sul, além de uma edição virtual promovida na Bahia.

A cada edição, o evento reúne cerca de 300 pessoas entre pesquisadores, técnicos, extensionistas, estudantes e produtores.

“Enquanto pesquisador da Embrapa, ressalto o valor da parceria com a pesquisa e a extensão rural de Minas, fortalecendo as instituições e potencializando o foco no diálogo com maior número de agricultores e sociedade. Destacadamente, promoveremos a nutrição funcional e a culinária e gastronomia, enaltecendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional”, conclui Nuno Madeira. Com Agência Minas

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