Governo de MG ainda avalia quantidade de servidores em greve e pode suspender visitas na Pio Canedo em Pará de Minas

Familiares de detentos do Complexo Penitenciário Dr. Pio Canedo em Pará de Minas estão preocupados desde o início desta semana. Eles temem que não poderão visitar os parentes custodiados no próximo fim de semana. O motivo é a paralisação dos servidores das forças de segurança de Minas Gerais.

Além de policias civis, militares e bombeiros, parte dos servidores da Polícia Penal do Estado também entraram em greve pela recomposição salarial.

O Portal GRNEWS recebeu inúmeras manifestações a respeito da possibilidade de não haver as visitas, incluindo as íntimas, além dos detentos não poderem receber entregas, já que tudo que entra na penitenciária precisa passar por uma avaliação criteriosa. Sem os agentes, sem visitas e entregas. Sem contar que há ainda a possibilidade dos detentos mineiros ficarem sem o chamado “banho de sol” pois não haverá policiais penais o suficiente para fazer a guarda.

Diante destas possibilidades, o Portal GRNEWS entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que informou por meio de nota que houve “ainda na terça-feira (22/2), reunião para avançar na busca de soluções das demandas relacionadas à segurança pública. O Governo entende que o assunto é prioridade e reforça que se mantém aberto ao diálogo por reconhecer a necessidade da recomposição salarial das forças de segurança e de todas as categorias do funcionalismo estadual, pautado por critérios de responsabilidade e previsibilidade fiscal”.

Em nota a Sejusp garantiu ainda que novos encontros internos estão previstos ao longo da semana, na agenda do governador e dos secretários, para tratar do tema.

Nestas reuniões participam, além do governador Romeu Zema (Novo), “os secretários de Governo, Igor Eto, de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, e de Justiça e Segurança, Rogério Greco. Também acompanham o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, coronel Edgard Estevo, e o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Joaquim Francisco Neto e Silva”.

Quanto ao sistema prisional, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), esclarece que “acompanha a movimentação dos servidores e atuará para que não haja prejuízo no atendimento aos custodiados. Com relação à visitação, o Depen monitora a adesão dos servidores ao movimento de paralisação proposto pela categoria dos Policiais Penais e demais servidores da segurança pública. Ainda não há previsão sobre quais unidades do estado não estarão aptas a receber visitantes, por questões de efetivo e segurança, a partir deste fim de semana”.

A Sejusp disse ainda que os familiares serão informados pela própria unidade prisional caso haja a suspensão temporária das visitações.