Cai o número de pessoas que contribuem com o INSS e especialista explica diferenças entre previdência social e privada

Desde o início das discussões sobre a reforma da Previdência, um dos motivos para que o governo fizesse as mudanças era que havia um rombo nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a retomada da economia. Porém o déficit previdenciário se deve em parte por haver menos contribuintes e por isso as contas não fecham.

Desde 2015, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, o total de pessoas físicas que contribuem para o INSS tem diminuído. Em três anos, 6,2 milhões de trabalhadores deixaram de pagar a Previdência comum.

A informalidade e o desemprego contribuem para esta queda nos números. É que muita gente que perdeu o emprego de carteira assinada se tornou autônomo e com isso não paga o INSS. Além disso, muitas pessoas não conseguiram uma vaga no mercado de trabalho e assim não conseguem fazer a contribuição mensal.

Para o advogado especialista em Direito Previdenciário e Trabalhista, Márcio Pereira Campos, as mudanças servem para desmotivar os trabalhadores, especialmente autônomos, a não contribuírem com a Previdência:

Márcio Pereira Campos
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Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o último trimestre fechou com 12,6 milhões de brasileiros desempregados. A reforma da Previdência tem a expectativa de aumentar vagas no mercado de trabalho, o que não vem acontecendo de acordo com o advogado.

De acordo com ele, com a reforma trabalhista atualmente as empresas preferem contratar autônomos e microempreendedores a assinar a carteira de um funcionário:

Márcio Pereira Campos
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Muitos acreditam que a previdência privada seja mais vantajosa e tem migrado para o modelo previdenciário:

Márcio Pereira Campos
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O advogado faz um alerta: a previdência privada deve ser usada como um complemento da renda quando o trabalhador se aposentar. Ela não pode ser trocada pela previdência normal:

Márcio Pereira Campos
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Os senadores devem votar nesta terça-feira, 1º de outubro, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição que muda as regras da Previdência.

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