Bolsa Família ajuda a combater o trabalho infantil

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a presença de trabalho infantil é menos acentuada entre famílias que recebem o Bolsa Família do que na média nacional. O levantamento mostrou que, em 2024, 5,2% das crianças e adolescentes em lares beneficiados pelo programa estavam em situação de trabalho infantil, o que representa 717 mil pessoas. Na média do país, o número chega a 4,3% do total da faixa etária, ou 1,65 milhão de pessoas.

Redução da desigualdade
A pesquisa aponta que, ao longo do tempo, a diferença entre os dois grupos diminuiu. Em 2016, a proporção de trabalho infantil era 2,1 pontos percentuais maior em lares beneficiários, diferença que caiu para 0,9 ponto percentual em 2024. O pesquisador do IBGE Gustavo Fontes explica que a redução mais acentuada no percentual de trabalho infantil entre as famílias do Bolsa Família sugere a eficácia do programa.

O estudo também destaca a relação entre a renda e a incidência do problema. Em 2024, a renda média mensal por pessoa em lares beneficiários do Bolsa Família era de R$ 604, um valor três vezes menor do que o encontrado em famílias que não recebem o benefício.

Frequência escolar
Outro dado importante da pesquisa é que as crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil que fazem parte de famílias beneficiárias do Bolsa Família têm uma taxa de frequência escolar maior do que a média nacional. O percentual chega a 91,2%, superando a marca de 88,8% do total de crianças nessa situação.

Apesar da diferença, a pesquisa ressalta que o trabalho infantil ainda afeta a frequência escolar. Entre os jovens que não trabalham, 97,5% estão na escola, mostrando que o combate ao problema é fundamental para garantir a educação e o futuro das crianças brasileiras. Com informações da Agência Brasil

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