Mesmo com enorme rejeição, Antônio Júlio espera que Michel Temer consiga reverter a crise

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Se os trâmites do processo de impeachment no Senado Federal ocorrer sem nenhum entrave, a votação do plenário pelo recebimento da denúncia de crime de responsabilidade fiscal poderá ser no dia 11 de maio, quando os senadores deverão aprovar o impedimento da presidente Dilma Rousseff.

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A partir daí o atual vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP) assumiria o comando do Brasil por 180 dias. O processo continuaria no parlamento até que todos os procedimentos legais sejam cumpridos, com direito a ampla defesa da presidente Dilma Rousseff.

Mas, a sociedade brasileira está desacredita com as atuais lideranças que ocupam cargos no cenário político. Prova disso são os números desaforáveis registrados pelos grandes institutos de pesquisa do país.

Pesquisa feita pelo Datafolha no dia da votação do impeachment na Câmara Federal, manifestantes paulistanos, contra e a favor de Dilma Rousseff, se manifestaram contrários a um governo de Michel Temer. Entre os pró-Dilma, 54% disseram que Temer também deveria sofrer o impeachment. Quanto a um governo dele, 68% dos manifestantes contrários a Dílma avaliaram que será ruim ou péssimo. O mesmo levantamento feito com todos os manifestantes mostra que 79% defendem o afastamento de Temer e 88% acreditam que o governo dele será ruim ou péssimo.

Outra pesquisa publicada recentemente pelo Instituto Vox Populi mostra que 61% dos entrevistados avaliam Michel Temer negativamente e 57% defendem a realização de novas eleições. Outros 58% não acreditam que afastar Dilma Rousseff seja a solução para a crise no Brasil.

Segundo a última pesquisa do Ibope, apenas 8% dos entrevistados se sentem representados com Michel Temer. Por outro lado 62% afirmam que preferiam ter novas eleições neste momento de transição. Esse percentual de contrários a Temer sobe para 70% na faixa etária entre os jovens de 16 e 24 anos.

Com esse cenário, o prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio de Faria, está apreensivo com a troca de governo. Ele afirma que o vice-presidente precisará trabalhar muito para recuperar a economia e retomar o desenvolvimento do Brasil:

Antônio Júlio de Faria
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Sobre os números de rejeição popular de Michel Temer, o peemedebista pará-minense afirma que o grande problema está no Congresso Nacional. Para ele, será preciso dialogar muito e fazer uma base governista forte:

Antônio Júlio de Faria
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Em relação à convocação de novas eleições este ano, Antônio Júlio de Faria afirma que esse processo é muito burocrático e longo. Por isso é importante que haja uma reforma política urgentemente:

Antônio Júlio de Faria
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Uma grande polêmica que vem sendo levantada é a participação de membros do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no governo Temer. Os tucanos estão divididos e nada está definido até o momento.

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