Geraldo Alckmin minimiza “tarifaço” de Trump e aponta impactos em 3,3% das exportações
O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin declarou que o Brasil irá superar a crise comercial causada pelas novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos. Em um debate em Brasília, ele ressaltou que a dependência brasileira do mercado norte-americano é menor hoje do que em décadas passadas. Segundo Alckmin, apenas 3,3% do total das exportações do país são afetadas diretamente pelas sobretaxas, que incidem em cerca de 36% dos produtos enviados aos EUA.
Indústria de manufatura é a mais afetada pelas tarifas
Alckmin detalhou que os setores mais impactados pelo aumento de 50% na alíquota são os de máquinas e equipamentos, calçados e têxteis. Ele explicou que, ao contrário de produtos primários como alimentos e café, que podem ser facilmente realocados para outros mercados, os produtos manufaturados têm maior dificuldade para encontrar novos compradores rapidamente. O vice-presidente, que atua como principal negociador do país na questão, reforçou que o governo não desistirá de buscar a redução dessas tarifas.
Estratégias para mitigar os impactos
Para enfrentar os efeitos negativos das tarifas, o governo federal anunciou medidas de apoio aos exportadores, como a criação de linhas de crédito, a suspensão de impostos sobre insumos importados e o aumento da restituição de tributos federais para empresas afetadas. Além disso, Alckmin afirmou que o Brasil pretende expandir suas parcerias comerciais, buscando a finalização de acordos como o do Mercosul com a União Europeia, a EFTA, Singapura e Emirados Árabes Unidos. O governo também abriu uma reclamação formal na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas. Com informações da Agência Brasil


